Um dos maiores jogadores do futebol brasileiro e mundial, Mané Garrincha, é figura conhecida de todos os amantes de futebol. O mito da “alegria do povo” tem trajetórias memoráveis, especialmente com a Seleção Brasileira e o Botafogo, clubes onde marcou seu nome na história. Mas, foi uma em particular, a passagem pelo Corinthians, que causou um sentimento misto e desperta curiosidade.
Garrincha chegou ao Timão em 1966, um período turbulento da história do clube. O Corinthians passava por um jejum de 12 anos sem ganhar o Campeonato Paulista. O descontentamento da fiel torcida pressionava a diretoria, liderada por Wadih Helou, a buscar soluções, e o nome de Mané surgiu como uma luz no fim do túnel. Neste momento, convém lembrar, Garrincha já havia feito história com a seleção brasileira, sendo bicampeão da Copa do Mundo em 1958 e 1962.
A chegada de Garrincha ao Corinthians
Apesar do legendário status de Garrincha, sua vida pessoal estava longe de ser um mar de rosas. Seu vício em álcool, problemas físicos e decadência no desempenho futebolístico no Botafogo levantaram dúvidas sobre a viabilidade de sua contratação pelo Corinthians. Mesmo assim, após uma análise cuidadosa de seu preparador físico, José Teixeira, o clube decidiu arriscar. E o fenômeno do popstar do futebol se mudou para São Paulo, junto com a esposa, a cantora Elza Soares.
Diante da expectativa monumental de sua chegada, o início de Garrincha no Corinthians foi um anti-clímax. Sua estreia, apesar do Pacaembu lotado, resultou na derrota por 3 a 0 para o Vasco, com uma apresentação abaixo do esperado. No entanto, em contraste com o início melancólico, Garrincha teve uma reviravolta, resgatando o bom futebol e marcando seu primeiro gol pelo Timão em um jogo contra o Cruzeiro.
Como as coisas mudaram para Garrincha no Timão?
Apesar das boas atuações, a carreira de Garrincha no Corinthians foi prejudicada pela relação tumultuada com o treinador Filpo Núñes. A situação culminou em sua saída do clube logo após sua última partida no Campeonato Paulista contra o Prudentina em novembro de 1966.
No final, a passagem de Garrincha pelo Corinthians, embora cheia de altos e baixos, deixou uma marca indelével. Com apenas 13 jogos disputados, dois gols marcados e quatro assistências, Garrincha conquistou o coração dos corinthianos e reforçou a identidade do clube como Timão, apelido que ganhou força em sua passagem e permanece até hoje presente no coro da fiel torcida.