Quem foi Caju, nome do CT do Furacão?

Trata-se de Alfredo Gottardi, mais conhecido como Caju, o atleta que detém o recorde de mais jogos pelo Athletico. Nascido em Curitiba em 1915, Caju iniciou sua trajetória no clube aos 18 anos, em 1933, atuando como goleiro e permanecendo até 1950 com a camisa rubro-negra.

Ele é reconhecido como o maior goleiro da história do Furacão, acumulando diversos títulos. É notável que a posição de goleiro foi herdada de seu irmão, Alberto Gottardi, solidificando os Gottardi como figuras icônicas da camisa 1 ao longo de quase metade da história do clube.

Caju, como era popularmente conhecido, participou de 620 partidas defendendo o clube e conquistou títulos nos anos de 1936, 1940, 1943, 1945 e 1949. Nesse período, também representou a Seleção Paranaense de Futebol e a Seleção Brasileira, sendo o primeiro goleiro paranaense e do Athletico a defender o Brasil internacionalmente.

Apesar de receber várias propostas para deixar o clube, vindas de times como Flamengo, Botafogo, Vasco e até do Peñarol do Uruguai, Caju recusou todas, optando por permanecer leal ao Athletico. Seu desempenho notável e brilhante contribuição ao Furacão resultaram em reconhecimento e várias ofertas.

Fim de carreira e pós-vida

Na década de 50, Caju encerrou sua carreira como goleiro e foi convidado a integrar a comissão técnica. Esse convite foi consequência de seu breve trabalho como treinador da Seleção entre 1942 e 1945.

Nos anos 60, mesmo aposentado, Caju deixou seu legado ao filho, Alfredo Gottardi Junior, que seguiu a tradição rubro-negra da família como meia-direito e zagueiro.

Embora registros de jornais, revistas e fotos indiquem 620 jogos, pesquisadores e historiadores paranaenses afirmam que Caju disputou mais de 1000 partidas pelo clube.

Seu notável destaque e dedicação ao Athletico renderam-lhe uma bela homenagem. O Centro de Treinamento foi batizado com seu nome, uma expressão de gratidão por seu legado na história do Furacão. Não é por acaso que, em duas Olimpíadas consecutivas, dois goleiros formados no Athletico representaram a seleção, conquistando o ouro em ambas as ocasiões como os “crias do Caju”.

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