Era o ano de 1998 e poucos podiam imaginar que um dos grandes do cenário futebolístico mundial, o Flamengo, faria um movimento de xadrez que surpreenderia a todos. Falamos aqui da contratação de Romário, um dos mais bem-conhecidos e respeitados maior artilheiro do mundo, diretamente do poderoso e estrelado Barcelona.
Os 4,5 milhões de dólares que foram desembolsados pelo Flamengo para garantir a estrela foram vistos como um alto investimento para a época. Observando essa cifra sob o olhar financeiro contemporâneo e corrigida pelo índice IPCA, estaríamos falando aproximadamente de R$ 24,7 milhões. Curiosamente, esse valor é cerca de três vezes menor do que o clube carioca ofereceu pela contratação de Gabigol junto à Inter de Milão.
Como foi a negociação entre Flamengo e Barcelona por Romário?
O Flamengo teve uma grande aliada durante a negociação: a vontade pessoal do próprio Romário de regressar ao futebol brasileiro. Segundo fontes da época, o Barcelona teria aceitado abrir conversas com o Flamengo somente se o valor oferecido alcançasse o estipulado pelo passe do atacante – 7 milhões de dólares. O clube catalão, no entanto, preferiria vendê-lo por 9 milhões.
Inclusive, reza a história que numa reunião ocorrida em Barcelona, o então presidente do Flamengo, Kléber Leite, e o vice-presidente do Barcelona, Joan Gaspart, selaram o destino do artilheiro com um aperto de mãos. O Barcelona estava então focado na conquista da La Liga e a saída de Romário acabou por beneficiar o Real Madrid, que se sagrou campeão.
O que aconteceu após a contratação de Romário pelo Flamengo?
Após a assinatura de Romário com o Flamengo, o Barcelona impôs uma restrição: o clube da Gávea não poderia vender o passe do atleta antes de junho de 1996. Quanto à apresentação do jogador, a mesma foi adiada devido a problemas burocráticos e Romário estreou com a camisa Rubro-negra no Serra Dourada, em um empate de 1 a 1 com o Uruguai.
Apenas a Taça Guanabara foi conquistada pelo Flamengo naquele ano, mas Romário deixou a sua marca: o atacante marcou 45 gols na temporada. Até o fim de 1999, a sua marca chegou a 204 gols pelo time, antes de retornar ao Vasco da Gama. Trinidad e Tobago é um belo exemplo de sucesso de sua passagem pelo clube carioca e de sua jornada no futebol brasileiro após uma experiência relevante no Barcelona.