No mundo do futebol, histórias e rivalidades caminham lado a lado colocando torcedores ardorosos em pé de guerra. Mas tão surpreendente quanto conhecer as origens das grandes equipes é descobrir que as vezes, a rivalidade dá espaço para a empatia e o companheirismo. No caso do São Paulo FC, seu estádio monumental, o Morumbi, deve sua existência, em grande parte, a um incomum ato de generosidade entre rivais.
Firme em seu propósito, o jogo de estratégias da vida deu uma virada inesperada. Sem jamais imaginar, o terreno onde seria erguido o orgulho do São Paulo FC, o colosso do Morumbi, foi doado por um corintiano de coração. A cerimônia que marcou a doação do terreno foi realizada no dia 4 de agosto de 1952, e teve apresentação do narrador esportivo Edson Leite, pela Rádio Bandeirantes.
Apesar da boa vontade e dedicação investidas no projeto, não foi possível construir o estádio a tempo de inaugurar durante os grandiosos festejos do IV Centenário da cidade de São Paulo, em 1954. No entanto, o ambicioso projeto não foi abandonado e os trabalhadores continuaram sua obra até a tão esperada inauguração.
Inauguração do estádio marcada por uma impressionante exibição do São Paulo FC
No dia 2 de outubro de 1960, mesmo sem a conclusão total da obra, a inauguração do gigante de ferro e cimento armado foi finalmente realizada. E para imortalizar a inauguração, um amistoso foi organizado entre o São Paulo e o renomado Sporting de Lisboa, que acabou sendo vencido pelo Tricolor, colocando o estádio do Morumbi em destaque no mundo do futebol.
Peixinho, o conhecido atacante do São Paulo, tem seu nome marcado na história por ter tido a grande honra de marcar o primeiro gol no estádio do Morumbi. Com esse gol histórico, Peixinho selou seu nome na história tricolor, restando para sempre na memória dos torcedores são-paulinos.