Como foi a trajetória do goleiro Bruno no futebol?

Bruno Fernandes das Dores de Souza, em sua trajetória, não se diferenciou muito de outros jovens, independentemente de sua condição social. Seu sonho era ascender como uma figura célebre no mundo do futebol.

Originário de uma infância repleta de desafios em uma favela em Ribeirão das Neves, Região Metropolitana de Belo Horizonte, Bruno, ex-goleiro, mesclou sorte com competência para alcançar a posição de titular em clubes renomados, culminando no ápice de sua carreira no Flamengo. Contudo, assistiu passivamente sua vida mudar abruptamente em três atos, trocando a efêmera glória esportiva por uma cela na Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, na Grande BH.

Os primeiros chutes de Bruno foram dados nos campos de várzea da capital. Aos 17 anos, após breves passagens por Tombense e Cruzeiro, o aspirante a goleiro ingressou nos juniores do Atlético em 2001, estreando como profissional em 2005. Enfrentando a suspensão de Danrlei e as frequentes convocações de Diego para a Seleção Sub-20, Bruno agarrou a oportunidade e se firmou como titular, destacando-se apesar do rebaixamento do time naquela temporada.

Negociado com o grupo de investimentos MSI em 2006, que adquiriu 81% de seus direitos econômicos, Bruno foi repassado ao Corinthians. No entanto, sua passagem pelo Timão foi breve, sem entrar em campo, e após faltar ao primeiro treino sem comunicar a comissão técnica, foi dispensado por indisciplina. Dois meses depois, foi emprestado ao Flamengo, onde iniciou sua conturbada, porém gloriosa, carreira.

O Flamengo foi um divisor de águas para Bruno. Substituindo o então titular Diego devido a uma lesão, Bruno consolidou-se como o goleiro principal, tornando-se ídolo ao defender dois pênaltis na decisão do Estadual Carioca contra o Botafogo, em 2007.

No ano seguinte, o clube carioca investiu pesadamente no jogador, adquirindo 90% de seus direitos por cerca de 3 milhões de euros. Bruno foi fundamental na conquista do tricampeonato carioca em 2008, repetindo o feito em 2009 ao defender penalidades decisivas contra o Botafogo novamente.

Com temperamento forte, Bruno tornou-se capitão após a aposentadoria de Fábio Luciano, liderando o Flamengo na conquista do Campeonato Brasileiro de 2009. Sua trajetória, no entanto, foi marcada por polêmicas extra-campo e, em 2010, denúncias anônimas levaram à sua prisão em meio ao envolvimento no caso Eliza Samudio.

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