Saiba o REAL motivo que fez a CBF desistir do mata-mata pra adotar os pontos corridos no Brasileirão

O futebol brasileiro passou por uma significativa mudança em 2003 quando o Brasileirão, campeonato de futebol mais importante do país, deixou de ser decidido no sistema mata-mata e passou a ser disputado em pontos corridos. Essa decisão, tomada pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF), foi ao encontro do modelo adotado por alguns dos principais campeonatos do mundo.

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Embora essa transição possa parecer simples e até lógica para muitos, na verdade, ela envolveu um complexo jogo de poder e interesses entre a CBF e o Clube dos 13, além de questões relacionadas à modernização do futebol brasileiro, ao cronograma de competições internacionais e ao favorecimento da equidade com o futebol europeu.

O papel de Ricardo Teixeira na mudança para pontos corridos

É importante citar que a ideia de migrar para o sistema de pontos corridos começou a ganhar força em 2001, sob a presidência de Ricardo Teixeira na CBF. Ele buscava ampliar o poder da Confederação e diminuir a influência do Clube dos 13, grupo que reunia os principais clubes brasileiros para decisões a respeito dos torneios.

Uma das primeiras medidas adotadas por Teixeira foi abolir os campeonatos regionais, como o Torneio Rio-São Paulo, a Copa dos Campeões e a Copa do Nordeste. O objetivo era modernizar o futebol brasileiro, criando uma fórmula de disputa mais alinhada ao futebol europeu e com datas que não coincidissem com competições internacionais.

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Os respaldos e as resistências à transição

Na época, a decisão de Teixeira contou com o apoio da Globo para a extinção dos regionais, mas nem tanto para a mudança do mata-mata para pontos corridos. Adicionalmente, das 27 federações estaduais, 25 apoiaram as decisões da CBF, o que gerou ainda mais atrito com o Clube dos 13.

Apesar das resistências, Teixeira seguiu sem buscar a aprovação dos clubes e reforçou que estas mudanças eram da competência exclusiva da CBF e que o Clube dos 13 não detinha poder de veto ou de escolha.

Como foi a aceitação dos clubes e da mídia?

A decisão da implementação do sistema de pontos corridos foi praticamente unânime entre os membros do Clube dos 13, apesar da contrariedade da Globo e do então presidente do Vasco, Eurico Miranda, que classificou a mudança como “um suicídio para o futebol brasileiro”.

Desde então, o sistema de pontos corridos veio pra ficar, acompanhando o padrão dos campeonatos mais prestigiados do mundo, apesar da sempre latente discussão sobre o retorno do mata-mata em algumas rodadas do Brasileirão.

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