Pato chegou ao Corinthians em janeiro de 2013, custando 15 milhões de euros (R$ 40,5 milhões na cotação da época), onde ficavam com 60% dos direitos econômicos do atletas. Atualizado pela inflação do índice IPC-A, o valor salta para R$ 52,7 milhões. A perda financeira do clube paulista com essa contratação chegará ao alarmante valor de R$ 61,9 milhões.
Vale lembrar que a diretoria do Corinthians concordou em pagar mensalmente o salário de R$ 800 mil para o jogador. Esse valor, corrigido pelo mesmo índice IPC-A, se equipara a R$ 1,04 milhão atualmente. Mesmo com a suposta “ajuda” do São Paulo em arcara com 50% dos vencimentos do atleta durante os 23 meses (de fevereiro de 2014 a dezembro de 2015) em que Pato defendeu o rival, o prejuízo ainda é considerável.
Durante um breve período de empréstimo ao Chelsea, o Corinthians não teve que arcar com os salários do atleta. Apesar disso, somando os valores desembolsados desde 2013, o clube paulista gastou R$ 26,5 milhões, incluindo o pagamento do 13º salário, seja integral ou parcial.
Uma respiro para o Corinthians surgiu quando venderem o meia Jadson para o Tianjin Quanjian, clube chinês. Em janeiro, o clube asiático pagou a multa rescisória de 5 milhões de euros (R$ 21 milhões). Como dono de 30% dos direitos econômicos do jogador, o Corinthians garantiu R$ 6,3 milhões (R$ 6,5 milhões atualizados). Mesmo assim, a venda não foi capaz de absorver todo o dano financeiro.
Surpreendentemente, Pato não rendeu o esperado dentro de campo. O atacante marcou apenas 17 gols em 62 partidas e conquistou os títulos do Paulistão e da Recopa em 2013, como reserva da equipe do técnico Tite.
Essas conquistas, apesar de importantes, não entram no cálculo do prejuízo financeiro do clube. Ao juntarmos todos esses fatores, os números falam por si só. A compra de R$ 52,7 milhões, salários de R$ 26,5 milhões, venda de Jadson (R$ 6,5 milhões) e venda futura de Pato (R$10,8 milhões) nos deixa com um total de R$ 61,9 milhões de prejuízo para o Corinthians.