O futebol também possui seus momentos de desafios fora dos gramados. Mais precisamente, nas esferas judiciais. Recentemente, Douglas Costa, ex-jogador do Grêmio e agora no Los Angeles Galaxy, foi alvo de mandado de prisão devido ao não pagamento de pensão alimentícia. O mandado, emitido na 8ª Vara da Família de Porto Alegre, não teve seus valores e detalhes revelados por tramitar em segredo de justiça.
Acontece que Douglas Costa não é o único esportista confrontado judicialmente por ações do tipo. Muitos outros jogadores de futebol, ao longo dos anos, tiveram que enfrentar questões semelhantes. Este cenário nos leva a questionar: por que esses atletas, conhecidos por seus salários generosos, frequentemente se encontram em disputas judiciais por pensão alimentícia?
Douglas Costa e Outros Jogadores: Por Trás das Manchetes
Podemos mencionar vários exemplos que vão além do caso de Douglas Costa. Eder Militão, atual zagueiro do Real Madrid, é um deles. Após uma disputa judicial com sua ex-mulher, Karoline Lima, ele concordou em arcar com os custos da educação de sua filha, incluindo o aluguel da casa onde a menina mora e outros custos suplementares.
O atacante Jô, em 2022, teve problemas judiciais devido ao não pagamento de alimentos gravídicos para um filho gerado de relações extraconjugais. Não apenas Jô, mas Vampeta também enfrentou questões semelhantes. Ele precisou desembolsar cerca de R$ 68.963,67 referentes a pensões atrasadas para suas filhas.
Por que essa Situação é Comum Entre os Jogadores de Futebol?
A primeira vista, pode parecer estranho que jogadores com salários tão substanciais se vejam frequentemente envolvidos em ações legais por pensão alimentícia. A resposta pode residir no estilo de vida desses atletas, frequentemente caracterizado por alto consumo e investimentos mal administrados.
O goleiro Bruno Fernandes e o atacante Rafael Oliveira, por exemplo, acumularam dívidas significativas de pensão alimentícia nos últimos anos. O primeiro chegou a dever cerca de R$ 11 mil, enquanto o segundo foi preso em Ananindeua, na Grande Belém, por atraso de pensão alimentícia.
Há também o caso do ex-jogador de futebol Zé Maria, ídolo do Corinthians, que deve mais de R$ 82 mil em pensões vencidas. Mesmo na sua idade avançada, 74 anos, Zé Maria está sendo chamado à responsabilidade por descumprir suas obrigações legais. Esses casos são reflexos de que a transição da vida profissional para a aposentadoria é um desafio tão grande quanto manter a performance dentro de campo.
Apesar dos altos salários, alguns jogadores têm dificuldades para administrar suas finanças, o que pode resultar em dívidas substanciais e, consequentemente, em sérios problemas legais como os observados. Independente da fama ou status, é importante lembrar que ninguém está acima da lei. A pensão alimentícia é uma obrigação legal e moral que todos os pais têm para com os seus filhos.