A história de sucesso do Grêmio, um dos maiores clubes de futebol do Brasil, nem sempre foi feita apenas de vitórias e conquistas. No início da década de 90, a equipe gaúcha viveu um dos momentos mais difíceis de sua trajetória: a queda para a segunda divisão do Campeonato Brasileiro. Mas, como um verdadeiro campeão, o Grêmio soube se reerguer e voltar ainda mais forte.
O ano de 1991 foi extremamente difícil para o time dos Pampas. Com uma equipe recheada de jogadores conhecidos, como Assis (irmão de Ronaldinho), Maurício e Nilson, além dos meias João Antonio e Mabília e o goleiro Gomes, o Grêmio amargou o penúltimo lugar no Brasileirão. Foram 19 jogos, com apenas três vitórias, seis empates, dez derrotas, 15 gols marcados e 24 gols sofridos. A triste campanha culminou no rebaixamento do clube.
Em 1992, a esperança se acendeu para a nação gremista. Em uma decisão controversa, a CBF, entidade que comandava o futebol brasileiro na época, mudou a regra do acesso para a Série A. De dois times promovidos, como vinha ocorrendo desde 1988, o número subiu para 12. Mas a caminhada não foi fácil. O Grêmio teve que suar a camisa e conquistar o acesso em uma disputa apertada com Ponte Preta e São José, ambos de São Paulo.
Qual foi a partida que marcou o retorno do Grêmio à elite?
Foi na última rodada da primeira fase, em um jogo eletrizante contra o Operário-MT, que o Grêmio carimbou seu retorno à elite. O time gaúcho goleou o adversário por 7 a 1, com gols de Biro-Biro, Caçapa, Caio, Carlinhos, Cuca, Juninho e Lira. O trunfo veio com a ajuda de um empate sem gols entre São José e América-MG, que deixou o Grêmio à frente na disputa.
Na segunda fase, o time não conseguiu avançar. Em um grupo que continha Criciúma, Paraná e Coritiba, a equipe ficou em terceiro lugar, mas o maior objetivo já tinha sido alcançado: a volta à Série A. Mais do que a promoção, o Grêmio construiu ali uma base sólida para uma nova era de vitórias e glórias, que seria coroada com a chegada do técnico Luiz Felipe Scolari.