Você vai cair pra trás com os regulamentos mais “sem noção” que já existiram no futebol brasileiro

O futebol sempre foi tema de paixão e orgulho nacional. No entanto, a gestão estrutural e organização dos campeonatos brasileiros, por vezes, desafiam a lógica e compreensão até dos mais apaixonados torcedores. Esses problemas, presentes em regulamentos confusos e federações estaduais, muitas vezes mal administram o esporte.

Ao se analisar a estrutura dos torneios, é evidente a desconexão entre talento e organização. Uma situação notória é a de torneios com divisões desiguais de equipes, resultando em classificações desproporcionais. Além disso, a ausência de critérios de classificação claros e a má distribuição dos jogos são outros fatores notavelmente perturbadores.

Como os campeonatos brasileiros tornaram-se tão confusos?

A complexidade dos campeonatos brasileiros começa no momento da definição da fórmula de disputa. Devido à falta de normatização e diretrizes claras, a cada torneio vemos um formato diferente, o que confunde não apenas jogadores e técnicos, mas também torcedores e imprensa. Além disso, a constante mudança no número de times em cada edição do Brasileirão contribui para o caos organizacional.

A falta de equilíbrio nas partidas, tanto em relação aos locais dos jogos quanto às equipes, ainda se soma à lista de problemas. Há registros de equipes que jogaram quase todas as partidas fora de casa, prejudicando a motivação dos jogadores e a arrecadação dos clubes.

Um dos momentos mais surpreendentes nestes formatos de campeonatos ocorreu em 1974. As duas equipes com a maior arrecadação garantiram vaga na fase seguinte, independente do desempenho em campo. Isso resultou em uma bizarra situação onde times tecnicamente fracos avançaram na competição. Tal acontecimento, para além de estranho, vai contra a lógica competitiva de um campeonato esportivo.

E o Paulistão de 1978, foi um caso isolado?

Não, infelizmente a desorganização é recorrente. A edição do Paulistão de 1978 é mais um exemplo de planejamento ineficiente. O campeonato durou dez meses, com um número excessivo de partidas, e se estendendo absurdamente além do esperado. Problemas associados a essa longa duração incluem desgaste físico dos jogadores e a substituição do espirito competitivo pelo sentimento de exaustão.

Não se engane, esta questão não é apenas do passado. Em 2016, a Federação Carioca aprovou um formato confuso para o Campeonato Estadual, contribuindo para a contínua complexidade da estrutura do futebol brasileiro.

Enquanto a paixão pelo futebol no Brasil permanece imutável, é urgente uma revisão nas estruturas organizacionais dos campeonatos brasileiros. A confusão causada por regulamentos fracos e uma administração ineficiente interfere drasticamente na qualidade das competições e pode minar a essência deste esporte que é tão amado pelos brasileiros.

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