O futebol na Espanha foi palco de múltiplos episódios de racismo no sábado (30), levando o atacante brasileiro Vinícius Júnior a se manifestar mais uma vez sobre o assunto nas redes sociais.
O jogador do Real Madrid e da seleção brasileira lamentou casos envolvendo o lateral Marcos Acuña, o técnico Quique Flores, ambos do Sevilla, e o goleiro senegalês Saar, do Rayo Majadahonda, da terceira divisão espanhola.
“Não vou jogar neste fim de semana, mas testemunhamos três casos desprezíveis de racismo só neste sábado na Espanha”, disse Vinícius em seu perfil em uma rede social. Ele expressou apoio a Acuña, Quique Flores e Saar, e exigiu punição para os autores dos insultos racistas, enfatizando que “os racistas devem ser expostos e os jogos não podem continuar com eles nas arquibancadas”.
Marcos Acuña foi alvo de insultos racistas durante o jogo contra o Getafe, com torcedores chamando-o de “macaco”. O árbitro interrompeu a partida e os responsáveis foram repreendidos pelo sistema de som do estádio. Quique Flores também relatou ter sido ofendido com termos pejorativos sobre suas origens.
Em outro jogo, entre El Sestao River e Rayo Majadahonda, o goleiro Cheikh Sarr foi alvo de ofensas racistas por parte da torcida local. Ao reagir, Sarr foi expulso e os jogadores do Rayo Majadahonda se recusaram a continuar a partida, que foi suspensa. O Rayo Majadahonda condenou os insultos racistas e afirmou que sua equipe não voltaria a campo após o ocorrido. O Sestao River apenas informou a suspensão do jogo sem se posicionar sobre o incidente.