Senta na cadeira antes de descobrir o salário de Zico nos tempos de Flamengo

Os grandiosos times do futebol brasileiro estão em plena transformação para se adaptar ao mercado competitivo. Para poder competir com seus rivais e seguir contratando jogadores renomados, esses times estão investindo uma quantidade substancial de dinheiro, tornando os salários de mais de R$1 milhão uma realidade comum. Entretanto, essa nova economia é realmente viável no panorama brasileiro?

Quais serão as consequências dos clubes que gastam tanto dinheiro ao lidar com as dificuldades de gerar receitas? Quando demonstram tais negociações grandiosas, como foi recentemente a contratação de Daniel Alves pelo São Paulo, alguns dirigentes transmitem a impressão de que desembolsar mais de R$ 1 milhão por mês para contratar um jogador de futebol é algo comum e fácil.

No entanto, qual seria o verdadeiro impacto desse valor na vida real? Essas são algumas das questões que tentamos responder neste artigo de hoje. Para ilustrar, vamos comparar: de acordo com a Associação Brasileira de Franchising (ABF), em 2017, uma franquia do mercado “Dia%” tinha uma média de faturamento mensal de R$ 891 mil.

Ou seja, mesmo um comércio com alto fluxo de venda de produtos não ultrapassava a marca de um milhão em seu faturamento. Além disso, ainda seria preciso considerar todas as despesas mensais para saber o lucro real dessa franquia.

Os clubes são capazes de lidar com essa nova realidade?

No cenário do futebol brasileiro, existem clubes que se estruturaram de maneira eficaz para manejar salários tão altos. Flamengo e Palmeiras, por exemplo, mostram que é possível investir muito, mas com responsabilidade e retorno financeiro. Por isso, a curto prazo, será cada vez mais comum ver estrelas como Gabigol atuando no país e outros, como Dudu, aceitando atuar no mercado interno mesmo diante do assédio das equipes estrangeiras.

Por outro lado, existem clubes que decidem pagar altos salários e não têm segurança financeira. Nesse caso, especialistas afirmam que São Paulo, Grêmio e Cruzeiro precisam gerar novas receitas ou melhorar as que já existem. Salários atingiram um nível que exige alternativas.

Os super salários são compatíveis com a realidade do futebol brasileiro?

Apesar do glamour das grandes contratações, a realidade é que não é normal. De acordo com dados mais recentes divulgados pela CBF, 82% dos jogadores profissionais no país recebem mensalmente até R$ 1 mil e 95% no máximo R$ 5 mil.

Apenas 4% de quase 30 mil atletas têm remunerações acima desse valor. Portanto, a conclusão é que, apesar de ser fascinante assistir a essas grandes contratações e altos salários no futebol, essa não é a realidade para a maioria dos jogadores no Brasil.

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