Imagine que você entra no bar apreciado pelos fãs do esporte Rei, o ‘Café do Gol’, que no passado foi propriedade do famoso jogador Romário, e a primeira coisa que você vê é uma caricatura caricata e controversa, representando ninguém menos que o Velho Lobo – Zagallo.
A imagem não é apenas humorística, é também incendiária e, por muitos, considerada difamatória. Parece que a história no futebol é realmente cheia de surpresas e o último episódio ocorreu nos tribunais, onde Zagallo reivindicou uma indenização contra Romário por uma pintura depreciativa, mas não obteve o valor que estava esperando.
A batalha judicial entre Zagallo e Romário cozinha em fogo brando há muitos anos e, nesta quarta-feira, o capítulo mais recente foi divulgado. O Superior Tribunal de Justiça (STJ) rejeitou o pedido de Zagallo para que os juros de uma indenização ao Baixinho fossem aumentados.
No final das contas, Zagallo ganhou os dois processos contra Romário, totalizando R$ 240 mil. No entanto, a reclamação inicial de Zagallo era para que os juros fossem aplicados desde o momento em que a caricatura difamatória foi pintada, não a partir da data do julgamento.
A implicância entre os dois grandes nomes do futebol brasileiro não é novidade para ninguém. Tudo começou com uma caricatura exibida no Café do Gol. Nela, Zagallo aparecia em uma situação nada nobre: sentado em um vaso sanitário, e todo o desprezo aumentava quando ao lado da porta, vemos Zico, o auxiliar técnico do treinador na Copa do Mundo de 1998, segurando um rolo de papel higiênico.
Por que Romário cortou Zagallo da Copa do Mundo de 1998?
Tudo fica mais sentido quando relembramos o motivo do desentendimento entre Zagallo e Romário. Na Copa do Mundo de 1998, Romário foi cortado por causa de uma lesão na panturrilha direita. Zagallo acreditava que o tempo de recuperação do jogador seria de aproximadamente vinte dias, tornando impossível sua participação no torneio mais prestigiado do mundo do futebol.
Romário, por sua vez, discordou da decisão e acreditava que sua recuperação seria mais rápida. Essa decisão acendeu a rivalidade entre Romário, Zico e Zagallo, e essa emoção amarga ainda parece estar viva, como demonstrado pelas recentes batalhas judiciais.
No final das contas, essa história só comprova que mesmo as lendas do futebol não deixam de ser humanas, suscetíveis a desentendimentos e rixas pessoais. E às vezes, isso tem um custo – no caso de Romário, um custo de R$240 mil.