Bruno Fernandes, ex-goleiro e ex-promessa do Flamengo, tomou a decisão de contestar o uso não autorizado de sua imagem na capa do livro “Indefensável – O Goleiro Bruno e a História da Morte de Eliza Samudio”, obra publicada pela editora Record.
Ele demandava uma indenização de R$ 1 milhão, além de parte dos lucros advindos da venda do livro. Contudo, o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro foi contrário à solicitação de participação nos lucros, autorizando apenas uma indenização de R$ 30 mil.
O juiz Luiz Claudio Silva Jardim Marinho, responsável pela decisão, destacou a necessidade de autorização prévia para o uso da imagem do indivíduo, ratificando uma proteção constitucional e civil. Ainda que tenha concedido a indenização de R$ 30 mil a Bruno, a Justiça negou partilha nos lucros das vendas do livro que aborda o caso que se deu em 2010 e culminou na condenação do ex-goleiro pelo sequestro e assassinato da modelo Eliza Samudio, com quem tinha um filho.
Mais sobre o caso Bruno
O caso, de repercussão nacional, é caracterizado como um marco negativo dentro do futebol brasileiro. Em 2013, Bruno foi condenado a uma pena total de 22 anos e três meses de prisão. A situação ganha maior contorno de indignação popular tendo em vista que, até o momento, o corpo de Eliza Samudio não foi encontrado.
Bruno conseguiu progressão de sentença para o regime semiaberto em julho de 2019, apenas seis anos após sua condenação. A decisão gera controvérsias e discussões até os dias atuais, pois contrapõe as diversas oportunidades que foram concedidas ao goleiro após sua saída da prisão.
Não obstante, o ex-goleiro segue envolvido em polêmicas – agora, em torno da exposição de sua imagem e história. Embora ainda rodeado de controvérsias, contudo, o caso avança gradualmente através das decisões judiciais.