O anúncio da contratação de Cuca como o novo treinador do Athletico, nesta segunda-feira, gerou opiniões divergentes entre os torcedores do Furacão nas redes sociais. A principal controvérsia está relacionada ao caso de abuso sexual de uma menor de idade ocorrido em 1987, na Suíça, no qual Cuca foi inicialmente condenado por ato sexual com menor e coação, mas teve a sentença posteriormente anulada.
No início deste ano, o Tribunal Regional de Berna-Mittelland revogou o julgamento, pois o treinador foi julgado à revelia, sem a presença de advogados de defesa. É crucial observar que a decisão não aborda a culpabilidade ou inocência do treinador; tecnicamente, como o processo foi extinto, Cuca não pode ser considerado culpado de qualquer acusação.
Nas redes sociais, diversas torcedoras, além de torcidas e movimentos, expressaram protestos contra a contratação de Cuca. Por outro lado, em uma enquete realizada no Portal Globo Esporte, mais de 80% dos 4,8 mil votos mostraram aprovação pela escolha do treinador até o momento.
Entenda o caso
O incidente teve origem em 1987, quando o Grêmio realizava uma excursão pela Europa. Cuca e outros três jogadores – Henrique Etges, Eduardo Hamester e Fernando Castoldi – foram detidos sob a acusação de terem mantido relações sexuais com uma jovem sem o seu consentimento.
Conforme a investigação da polícia local, a jovem dirigiu-se ao quarto dos jogadores do Grêmio junto com amigos, sendo então puxada para dentro do quarto pelos atletas. Cuca sempre afirmou não ter participado do incidente.
Os quatro jogadores foram presos em 30 de julho de 1987, poucas horas após o ocorrido, e ficaram detidos em prisões diferentes durante a investigação do caso. Após um mês de prisão, os quatro atletas pagaram fiança de 15 mil francos suíços e retornaram ao Brasil. Eles não estiveram fisicamente presentes no julgamento do caso, que ocorreu dois anos depois, em 14 e 15 de agosto de 1989.
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