Em 7 de setembro de 1965, um capítulo histórico do futebol brasileiro se desenhou no recém-inaugurado Mineirão, que recebia apenas sua segunda partida. A data, que coincidiu com o Dia da Independência do Brasil, testemunhou a Seleção Mineira previamente triunfar sobre o River Plate da Argentina, mas o grande destaque estava reservado para o jogo da Seleção Brasileira.
A Confederação Brasileira de Futebol, na época denominada CBD e posteriormente rebatizada CBF, confiou ao Palmeiras, um dos melhores times do Brasil à época, a honra de representar o país diante da Seleção do Uruguai. Com um desempenho impecável, o Verdão brilhou no campo, impondo uma goleada de 3 a 0 sobre os uruguaios.
Os gols que marcaram a partida ocorreram na primeira etapa, com Rinaldo abrindo o placar aos 27 minutos em uma cobrança de pênalti, seguido por Tupãzinho, que ampliou a vantagem aos 35 minutos. Na segunda etapa, Germano selou a vitória com um gol aos 29 minutos, solidificando a atuação magistral do time brasileiro, comandado pelo técnico argentino Filpo Nuñez.
FICHA TÉCNICA DA PARTIDA:
BRASIL 3 X 0 URUGUAI
Local: Estádio Governador Magalhães Pinto (Mineirão), em Belo Horizonte (MG)
Data: 7 de setembro de 1965 (terça-feira)
Horário: 15h30 (de Brasília)
Público: 80.000 pagantes (aproximadamente)
Renda: Cr$ 49.163.125
Árbitro: Eunápio de Queiroz (RJ)
Assistentes: Cláudio Magalhães e Frederico Lopes (ambos do RJ)
GOLS: Rinaldo (pênalti), aos 27 minutos (primeiro tempo); Tupãzinho, aos 35 minutos (primeiro tempo) e Germano, aos 29 minutos (segundo tempo).
BRASIL: Valdir Joaquim de Moraes (Picasso); Djalma Santos, Djalma Dias e Ferrari; Dudu (Zequinha) e Valdemar (Procopio); Julinho (Germano), Servílio, Tupãzinho (Ademar), Ademir da Guia e Rinaldo (Dario). Técnico: Filpo Nuñes.
URUGUAI: Taibo (Fogni); Cincuneguin (Brito), Manicera e Caetano; Nunez (Lorda) e Varela; Franco, Silva (Vingile), Salva, Douksas e Esparrago (Morales). Técnico: Juan Lopez.