Em 1998, a Seleção Brasileira de futebol tinha uma esperança dourada: Ronaldo. Sua habilidade incomparável e esforço dedicado pavimentaram o caminho para o possível pentacampeonato mundial. Entretanto, o destino deu um voto dissidente no dia 12 de julho, véspera da final contra o anfitrião, a França. Naquela madrugada fatídica, Ronaldo, o brilhante camisa 9, sofreu uma convulsão que o levou para o hospital.
Considerado o melhor jogador do mundo naquele momento, a pressão exercida sobre o jovem craque do time da Internazionale era imensa. Este episódio permanece um mistério, pois Ronaldo acredita que o estresse pode ter sido a principal causa. O vice-campeonato mundial desse ano ficou agridoce, muito diferente do triunfo que Ronaldo havia experimentado quatro anos antes.
Na tentativa de decifrar os eventos desse dia, Ronaldo fala sobre a ausência de suporte psicológico adequado durante esse período de alta pressão. “A única coisa que eu posso atrelar a uma convulsão no dia da final da Copa do Mundo é realmente esse estresse, um estresse muito alto, sob pressão e sem nenhum tipo de preparo. Não era uma possibilidade você ter uma terapia, um psicólogo especial para acompanhar o teu dia a dia”, comentou Ronaldo.
Quais foram os relatos sobre a convulsão de Ronaldo no dia da final?
Roberto Carlos, amigo de longa data e companheiro de quarto de Ronaldo, foi testemunha da convulsão de Ronaldo e alertou a equipe médica. Tanto ele como o médico da seleção, José Luiz Runco, contribuíram com seus testemunhos para um documentário produzido pela Globoplay sobre o pentacampeonato.
O documentário trouxe à tona alguns relatos desse incidente. O episódio ainda permanece um mistério, pois os laudos médicos mostraram que Ronaldo não tinha problemas com convulsões epilépticas e nunca mais sofreu delas. Ainda assim, Ronaldo afirma sem arrependimentos que sua decisão de jogar na final foi a correta.
Apesar do acontecimento e a subsequente derrota para a França por 3 a 0, Ronaldo não lamenta. “Depois de muito tempo, eu continuo pensando que fiz a coisa certa: ter sido corajoso de querer jogar, mesmo sem saber o que poderia acontecer. Mas eu já estava garantido que não tinha nada de grave”, declarou Ronaldo em 2021.
Certamente, aquele misterioso episódio e o desempenho subsequente ficaram marcados na história do futebol brasileiro. E mesmo com a amarga derrota, Ronaldo e a seleção brasileira conseguiram se recuperar, conquistando o tão sonhado penta quatro anos depois, em 2002.