Dois anos após o trágico episódio do ataque ao ônibus do time de futebol do Bahia, os suspeitos finalmente se entregaram à justiça. O ocorrido gerou alarde na imprensa, revolta entre torcedores e causou grande impacto no futebol brasileiro.
Danilo Fernandes, goleiro do Bahia na época do ataque, lamentou ter frequentes contatos com seus agressores, torcedores do próprio clube. Na época, o jogador comentou: “Todos os jogos que eu vou, esses caras estão nas arquibancadas, estão a 20 ou 30 metros de mim.”
“Graças a Deus não aconteceu nada, mas precisam fazer alguma coisa antes que seja tarde. Não quero acreditar que estão esperando que aconteça algo pior. Temos que ter atitudes sérias, tomar providências grandes quanto a isso. Que sejam punidos”.
A intenção do encontro entre torcedores e jogadores do Bahia era pressioná-los por melhores resultados e desempenhos no final do período da Série A de 2023. Entretanto, a reunião sofreu uma reviravolta quando os manifestantes acabaram partindo para o ataque.
Violência no Futebol
Após o jogo do Bahia, Rogério Ceni, então treinador do clube, reforçou as críticas feitas por Danilo Fernandes à violência no futebol. Ceni afirmou: “O futebol está ficando tão complicado quanto o restante da sociedade. Vimos essa situação do Fortaleza lá em Recife. Se a gente não fizer nada, é questão de tempo para acontecer. Depois acontecer e se banalizar. Lamento tudo que aconteceu essa semana”.
O incidente envolvendo o ônibus do Bahia completou dois anos no último sábado e, mesmo com as apresentações dos suspeitos, ainda não há prazos para os julgamentos ou condenações. A situação levanta debates importantes sobre a violência no futebol e o comportamento dos torcedores. É crucial, portanto, que medidas preventivas sejam adotadas para evitar novos episódios de violência que mancham a imagem do esporte mais amado do Brasil.