Escândalo que abalou o mundo do futebol brasileiro envolveu o ex-árbitro de futebol Edílson Pereira de Carvalho, que quase duas décadas após começar a enfrentar os desdobramentos da “máfia do apito”, esquema revelado por VEJA em 2005, continua tendo que lidar com as repercussões do caso. Hoje, ele acumula uma dívida de 495 mil reais com a Federação Paulista de Futebol (FPF), entidade a qual trabalhava na época.
Edílson, que teve sua condução coercitiva efetuada em Jacareí (SP), acabou sendo impedido de atuar em jogos profissionais após o escandaloso caso. Sua condenação, duas décadas após a revelação do esquema, inclui uma indenização de 35.000 reais, a título de danos morais. Entretanto, o débito não quitado viu o montante ser elevado em quatorze vezes.
Em uma tentativa de resolver a situação financeira de Edílson, o juiz responsável pelo caso, Luiz Gustavo Esteves, da 11° Vara Cível de São Paulo, determinou que a Superintendência de Seguros Privados (Susep) e a Confederação Nacional de Empresas Privadas de Seguros Gerais, Previdência Privada e Vida, Saúde Suplementar e Capitalização (Cnseg) fossem contatadas.
O objetivo era averiguar se o ex-árbitro possuía algum plano de previdência privada que pudesse ser penhorado, contudo, a resposta de ambas as autoridades foi negativa. O esquema que ficou conhecido como “máfia do apito” consistia em uma conspiração envolvendo Edílson Pereira de Carvalho e outros íntimos do mundo do futebol.
Esses indivíduos se organizavam para manipular resultados de partidas de futebol do Campeonato Brasileiro e do Paulista a fim de lucrarem com apostas realizadas em sites na internet. Estima-se que a quadrilha tenha obtido mais de 1 milhão de reais através dessas atividades ilícitas em um período de seis meses.
Uma vez que essas práticas minaram a confiança da comunidade futebolística em Carvalho e seu conjunto, o impacto foi contundente. O escândalo atingiu repercussão internacional e afetou amplamente a paixão do público brasileiro pelo futebol.