O Athletico surpreendeu boa parte da sua torcida e da imprensa em 2017 ao anunciar uma punição inédita. Na ocasião, o conselho deliberativo do Athletico Paranaense tomou a decisão de expulsar definitivamente o ex-presidente Marcos Malucelli (2009-2011) após um processo conduzido pelo conselho de ética do clube. A razão principal para essa medida foi a contratação do atacante uruguaio Santiago Morro García em 2011 por um valor de US$ 3,5 milhões (equivalente a R$ 7 milhões na época), que se tornou a contratação mais cara da história do clube até então.
A queixa apresentada contra o ex-presidente argumentou que a aquisição desrespeitou o Artigo 78 do Estatuto do clube, que, em teoria, exigia que o conselho administrativo aprovasse qualquer dívida acima de R$ 1 milhão em nome do Atlético. É importante destacar que Marcos Malucelli era anteriormente aliado de Mario Celso Petraglia e assumiu a presidência com o apoio deste último, na chapa de situação.
No entanto, ambos tiveram uma ruptura durante as negociações para a realização da Copa do Mundo de 2014 em Curitiba. Como resultado, Petraglia se afastou do clube e passou a ser um opositor ferrenho de Malucelli. Durante seu mandato como presidente, Malucelli conquistou o título estadual em 2009 e alcançou a quinta posição no Brasileirão de 2010. No entanto, no ano seguinte, com a presença de Morro García na equipe, o clube acabou sendo rebaixado para a Série B após 15 anos na elite do futebol brasileiro.
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