O Atlético-MG é um dos clubes mais tradicionais de Minas Gerais e tem suas raízes profundamente entrelaçadas não só de Belo Horizonte, como do futebol mineiro . Fundado em 1908, o Galo mantém desde sua origem o mesmo nome e as mesmas cores.
Fato esse que é motivo de muito orgulho para sua torcida, que sempre usa faixas com os dizeres “o mesmo nome, as mesmas cores”. Além de ressaltar o orgulho de sua história, as faixas também são uma forma de provocar o seu rival Cruzeiro que usa azul,mas que antes se chamava Palestra Itália e usava verde.
A única mudança feita pelo alvinegro em seu nome foi em 1912, quando o clube optou por simplificar seu nome, deixando de ser Atlético Mineiro Futebol Clube para se tornar o Clube Atlético Mineiro, uma mudança que perdura até os dias de hoje.
A escolha das cores preto e branco não tem uma explicação definitiva, há quem diga que eram os tecidos mais baratos, por exemplo. Além disso, embora o clube e nenhum tipo de documento histórico confirme, Regina Neves, neta de Alice Neves, a primeira presidenta do clube, certa vez relatou que os primeiros uniformes do Atlético eram verdes.
Embora não se saiba ao certo a origem das cores do clube, elas têm influência direta na escolha de seu mascote, o Galo. O chargista Mangabeira , que foi convidado para desenhar os mascotes dos clubes brasileiros na década de 1950, escolheu o animal por sua força e determinação, características que espelham a garra dos times e da torcida atleticana, bem como por suas cores emblemáticas.
Além disso, por mais que não se tenha uma uma história exata sobre as cores do Atlético, elas contrastam bem com a história do clube, que foi pioneiro na aceitação de jogadores negros em Belo Horizonte.
Em 1913, o clube admitiu seu primeiro jogador negro, o goleiro Ferreira, que posteriormente conquistaria a Taça Bueno Brandão com a equipe em 1914. Essa decisão histórica é motivo de grande orgulho para a torcida alvinegra, e o clube continua a usar suas cores para reforçar suas raízes populares e valores inclusivos.