Em uma celebração bastante tardia, celebramos o aniversário de Rogério Ceni, um dos ícones mais importantes do São Paulo Futebol Clube e ex-goleiro, que atualmente faz um trabalho maravilhoso como treinador no Fortaleza.
Comemorando seus 50 anos em 2023, Ceni carrega consigo uma carreira repleta de conquistas, incluindo a marca de goleiro com o maior número de gols no futebol. No entanto, sua jornada com a camisa da Seleção Brasileira não foi fácil e incluiu títulos, concorrências e declarações polêmicas.
Ceni pode ter iniciado sua carreira com o Sinop aos 17 anos, mas foi no São Paulo que ele realmente brilhou e se tornou famoso. Apesar de ter uma habilidade inegável, Ceni teve que esperar um pouco para se tornar o titular indiscutível no clube, já que o posto era ocupado por Zetti na época. Contudo, antes mesmo que ele se tornasse responsável oficial pela camisa 1 (posteriormente 01), Ceni não deixou de marcar sua presença na Seleção Brasileira.
Como foi a trajetória de Rogério Ceni na Seleção?
Uma das primeiras lembranças que temos de Ceni na Seleção é sua inclusão na lista de espera dos convocados para o torneio de futebol dos Jogos Olímpicos de Atlanta, em 1996. Após Zetti transferir-se para o Santos, Ceni assumiu a titularidade no São Paulo e começou a ser notado e convocado para a Seleção.
Sua estreia foi em 1997, na Copa das Confederações realizada na Arábia Saudita. A primeira partida aconteceu contra o México, quando o Brasil venceu por 3 a 2 e conquistou o torneio, oficializando o primeiro título de Ceni com a camisa “amarelinha”.
Quais foram os maiores desafios de Rogério Ceni na Seleção?
A carreira de Ceni na Seleção teve seus altos e baixos. Apesar de não ser convocado para a Copa do Mundo de 1998, ele se tornou uma presença frequente na Seleção, especialmente no novo ciclo sob a liderança de Vanderlei Luxemburgo.
Contudo, em 1999, Ceni se viu marcado negativamente após um incidente em uma partida amistosa contra o Barcelona. Ceni falhou nos gols do time adversário e, ao invés de admitir seu erro em entrevista após o jogo, afirmou que aquela tinha sido “uma das melhores atuações de um goleiro na Seleção Brasileira”. Sua postura foi vista como arrogante e Vanderlei Luxemburgo retirou Ceni da titularidade.
Apesar dos desafios e da falta de esperança que Ceni chegou a confessar em certos momentos de sua carreira, sua história na Seleção não terminou aí. Ele continuou tendo suas chances e, embora não tenha jogado na Copa do Mundo de 2002, se consagrou campeão.
Posteriormente, em 2006, para a surpresa de muitos, Ceni foi convocado para a Copa do Mundo como o reserva imediato de Dida, titular absoluto da época. Na terceira partida do Brasil contra o Japão, o técnico Parreira surpreendeu e colocou Ceni no lugar de Dida, como uma forma de homenagem. E assim, com 18 jogos com a camisa da Seleção, aceleramos o tempo e chegamos em 2023, celebrando os 50 anos deste ícone do futebol.