O esporte rei, o futebol, conhecido tanto pela sua técnica como pela paixão que desperta nos corações dos torcedores, também foi palco de inúmeras histórias curiosas, às vezes até pitorescas. Algumas são tão inusitadas que, nos tempos atuais de correção política e tom mais sério, podem parecer impossíveis ou até falsas. Entretanto, muitas dessas anedotas são verdadeiras e refletem um período diferente do futebol, onde o improvável poderia, de fato, acontecer em campo.
Caso disso é o episódio conhecido como “Jogo do Senta”. Este incidente, ocorrido no dia 10 de setembro de 1944, é narrado em detalhes pelo jornalista Paulo Cezar Guimarães em seu livro de mesmo nome. Na ocasião, os jogadores do Flamengo, em uma atitude sem precedentes, sentaram-se em campo aos 31 minutos do segundo tempo e assim ficaram até o final da partida, interrompendo a continuação do jogo que o Botafogo vencia por cinco a dois.
A Controvérsia do Jogo do Senta: Qual é a Verdade?
Sobre esse peculiar evento, existem várias versões. Cada uma delas variando de acordo com o ponto de vista do narrador, seja ele rubro-negro ou alvinegro. Houve quem criticasse a atitude dos jogadores do Flamengo, assim como houve tentativas de justificar esse comportamento.
O livro de Paulo Cezar Guimarães traz em suas páginas não só o relato desse episódio, mas também reproduções de matérias de jornais da época, fotos e entrevistas com figuras importantes da história do Botafogo. A obra também aborda a fama de “chororô” que acompanha o clube da estrela solitária desde 1904, a qual o autor tenta transferir, com humor, para o Flamengo.
O “Jogo do Senta” Impactou a História do Futebol Brasileiro?
Todas as evidências apresentadas em Jogo do Senta contribuem para a compreensão desse episódio curioso na história do futebol, enriquecendo nosso entendimento sobre a cultura e evolução desta modalidade esportiva no Brasil. Isso nos leva à conclusão de que, sim, o “Jogo do Senta” teve um papel significativo na trajetória do futebol nacional, tanto pela polêmica envolvida quanto pela reação da torcida e dos meios de comunicação da época.
O esforço de Paulo Cezar Guimarães é, portanto, um chamado para que mais histórias do futebol sejam contadas, e que possamos lembrar de tempos mais descontraídos, onde o importante não era apenas vencer, mas também viver intensamente cada momento do jogo.