A nomeação de Lúcio Flávio como técnico interino do Botafogo gerou um alvoroço entre os torcedores do alvinegro. Esta decisão, embora respaldada por líderes do elenco, levanta questões sobre a inexperiência de Flávio no comando de um time profissional, e sua lembrança como jogador do clube. Afinal, a experiente carreira de Lúcio Flávio no futebol é suficiente para a gestão técnica do Botafogo?
Lúcio Flávio teve uma presença marcante nas linhas alvinegras. Com duas passagens pelo clube, somando 233 partidas, 64 gols e os títulos do Campeonato Carioca de 2006 e 2010. Ele se destacava pelo seu bom desempenho em campo como meio-campista, suas finalizações de fora da área e pelas cobranças de bola parada. Entretanto, carregar a memória deste jogador traz a tona um episódio controverso na história do Botafogo, que divide a opinião dos torcedores.
O maior questionamento sobre Lúcio Flávio se originou fora das quatro linhas, após a final da Taça Guanabara de 2008. Este evento fez parte de um tricampeonato do Flamengo no qual o Botafogo saiu como vice, conhecido como o episódio do “chororo”. Este marco da história do clássico entre os clubes foi resultado de uma série de disputas polêmicas entre as equipes, marcadas por erros de arbitragem e alta carga emocional.
O que provocou a reação do Botafogo no episódio do “chororo”?
O pano de fundo desta história começa na final do Campeonato Carioca de 2007, onde a expulsão do então principal jogador do Botafogo, Dodô, causou grande revolta na equipe. Este episódio contribuiu para o clima de tensão que culminou no embate final da Taça Guanabara de 2008. Neste jogo, o Botafogo tinha o mesmo elenco que havia sido derrotado pelo Flamengo no ano anterior, acabando por perder novamente em uma partida carregada de controvérsia.
Lúcio Flávio, jogador símbolo desse período, foi expulso na sequência da segunda etapa da partida, causando uma revolta coletiva da equipe do Botafogo. A reação do clube, seus jogadores e diretoria foi de grande indignação, levando à emblemática cena do “chororo”, literalmente caracterizada pelas lágrimas de seus jogadores após a partida.
Apesar desta controvérsia, Lúcio Flávio conseguiu manter seu desempenho como jogador, inclusive conquistando o Campeonato Carioca de 2010. Entretanto, esta memória ainda é um ponto de discussão entre os torcedores do Botafogo, que agora veem este antigo capitão assumindo o controle técnico do time. Será que Lúcio Flávio superará a polaridade de sua imagem e conduzirá o Botafogo a novas conquistas? Só o tempo dirá.