O técnico de futebol Alexi Stival, mais conhecido como Cuca, afirmou em recente entrevista ao Athletico-PR que a Justiça da Suíça anulou uma condenação que ele recebeu em 1989, devido à falta de um advogado para defendê-lo durante o julgamento. O crime teria acontecido dois anos antes, mas o técnico ressalta que, caso o caso não tivesse prescrito, as chances de ele ser absolvido seriam próximas de 100%.
“Devia ter feito isso antes. As coisas estavam paradas, na cabeça da gente é uma coisa que já tinha acabado, mas eu, como homem, devia ter feito isso antes, ido atrás e resolvido”, expressou Cuca. No intuito de buscar um novo julgamento, o técnico contratou duas equipes de advogados civis e criminais na Suíça, juntamente com outras duas equipes no Brasil.
Entretanto, devido à prescrição do caso, o Ministério Público da Suíça não poderia conduzir um novo julgamento. Cuca diz que seus advogados tinham um alto nível de confiança em sua absolvição, mas devido à prescrição do caso, a melhor solução foi a anulação da condenação e uma indenização.
Passagem e Repercussão no Corinthians
Cuca ainda relembrou o pouco tempo que passou pelo Corinthians, onde atuou como treinador apenas dois jogos, e acomo a repercussão desse fato impactou ele e sua família. “Meu último clube foi o Corinthians, infelizmente uma passagem muito curta, só dois jogos. Diante dos fatos e dos acontecimentos, resolvemos, com a diretoria, sair depois da classificação na Copa do Brasil”, conta.
O técnico ainda mostra o alívio de ter tido sua condenação anulada e destaca as incoerências durante o julgamento e a sua luta para provar sua inocência. Apesar das alegações de que a vítima o teria identificado, Cuca destaca que nos autos constam que ela não o reconheceu em três ocasiões.
“A advogada pode dar um DNA inconclusivo, e não é meu, que eles mesmo entenderam que é inconclusivo. São coisas que não encaixo as palavras certas para falar, não decoro nada, falo as coisas do meu coração, do meu sentimento”, completa o técnico.