Há muito tempo antes de alcançar o estrelato no futebol brasileiro, o notável meio-campista Paulo Henrique Ganso já nutria um amor profundo por um time carismático: o Palmeiras. Figurando como um dos milhões de torcedores fervorosos do clube verde e branco, Ganso nunca deixou de exibir seu orgulho Alviverde, nem mesmo quando se tratava de tirar sarro do arquirrival Corinthians.
No ano de 2013, quando já havia consolidado sua posição no palco do futebol brasileiro, começaram a circular postagens de Ganso na antiga rede social ‘Flogão’. Notavelmente, numa dessas postagens, provavelmente feitas entre 2005 e 2006, o então jovem paraense gozou o Corinthians e se declarou palmeirense.
Ele publicou uma imagem caricata de Carlos Tevez, famoso atacante do Timão naquele período, com uma chupeta no boca acompanhada do seguinte comentário: “Esta é para homenagear os corintianos de todo o Brasil… Mas eu sou Palmeiras”.
Apesar do profundo amor pelo Palmeiras, Ganso gradualmente desenvolveu uma forte identificação com o Santos, clube que reconhecidamente o lançou no mundo do futebol e lhe garantiu os títulos mais significativos da sua carreira. Anos mais tarde, procurou novos desafios no São Paulo. Posteriormente, desdobrou-se em uma passagem rápida pela Europa, para finalmente regressar ao futebol brasileiro, onde, desde 2019, veste a camisa do Fluminense.
Poderia Ganso ter vestido a camisa do Palmeiras?
De acordo com declarações de Luis Alvaro de Oliveira Ribeiro, ex-presidente santista, por volta de 2011, Ganso foi oferecido por seus representantes aos três grandes clubes paulistas: Palmeiras, Corinthians e São Paulo. A DIS, que detinha 45% dos direitos econômicos do jogador, manifestou o desejo de tirá-lo do Santos e o ofereceu aos rivais.
No entanto, os três clubes recusaram o negócio por questões éticas. A tensão entre o Santos, a DIS e o Palmeiras, que disputavam um embate judicial envolvendo a venda do jogador Wesley, ex-Palmeiras, influenciou a negociação nessa ocasião.
O amor jovem e alegre de Paulo Henrique Ganso pelo Palmeiras e suas atuações nos campos ao longo de sua carreira, ainda reverberam na memória dos torcedores verde e brancos, trazendo à tona as nuances de um dos meio-campistas mais brilhantes do futebol brasileiro.
Paulista, 24 anos, futuro jornalista. Apaixonado por futebol e literatura, combino esses dois pilares em minha atividade profissional. Creio que tanto o esporte quanto o jornalismo vão muito além de suas aparências simples – uma partida em que pessoas correm atrás de uma bola e uma reportagem que simplesmente apresenta fatos – ambos são reflexões profundas do nosso contexto social. E eu sou um produto desses e de diversos outros elementos que compõem essas duas esferas.