Possivelmente o maior nome da história do futebol, Pelé, que teria completado 83 anos na última segunda-feira (23), nunca teve a oportunidade de levantar o tão desejado prêmio da Bola de Ouro. Isto ocorre pelo fato be que, embora a premiação seja entregue anualmente desde 1956 – ano de estreia de Pelé como profissional pelo Santos –, somente em 1995 que passou a contemplar jogadores não-europeus.
Essa história poderia ter sido diferente se analisada sob outras perspectiva. Em 2015, na 60ª edição do prêmio Bola de Ouro, a revista France Football reavaliou todos os ganhadores antes de 1995. De acordo com essa nova análise, 12 das 39 primeiras edições teriam outro vencedor. E em sete delas, o vencedor seria Pelé. Assim, o maior camisa 10 da história do futebol brasileiro estaria empate com Lionel Messi como os maiores vencedores do prêmio.
Pelé teria conquistado a Bola de Ouro nos anos de 1958, 1959, 1960, 1961, 1963, 1964 e 1970. Suas conquistas incluem três Copas do Mundo, duas Libertadores, seis Campeonatos Brasileiros, duas Copas Intercontinentais, dez Campeonatos Paulistas e quatro Torneios Rio-São Paulo, além de incríveis 64 gols oficiais anotados apenas em 1959. Currículo que, com certeza, faria jus ao prêmio se este valesse para não-europeus em sua época.
O reconhecimento tardio
Graças a essa reavaliação realizada pela France Football, é possível dimensionar ainda mais a grandiosidade de Pelé para o futebol mundial. A falta da Bola de Ouro em sua galeria de títulos é apenas um detalhe se olharmos para sua contribuição inestimável para o esporte. Porém, esse prêmio imaginário só reforça o quão impressionante foi sua carreira.
Além de Pelé, outros jogadores sul-americanos teriam ganhado o prêmio da France Football após a reavaliação realizada em 2015. Dentre eles, Garrincha em 1962, Mario Kempes em 1978, Diego Maradona em 1986 e 1990, e Romário em 1994. Sempre será uma questão de “e se”, mas pelo menos oficialmente ou não, Pelé finalmente conseguiu sua cobiçada Bola de Ouro, mesmo que quase 60 anos depois.