Era 26 de março de 2000 quando um dos momentos mais emblemáticos da carreira do piloto de Fórmula 1, Michael Schumacher, aconteceu. Naquele dia, ele cruzava a linha de chegada do Autódromo de Interlagos, com 40 segundos à frente de David Coulthard. Esta seria sua segunda vitória na temporada e a 37° de uma carreira que contabilizaria incríveis 91 vitórias.
Naquele pódio, o ex-piloto recebeu o troféu das mãos de ninguém menos que Pelé, tornando o momento ainda mais especial para o grande apreciador de futebol que Schumacher sempre foi. Entretanto, quase duas décadas após esta vitória, o estado de saúde do campeão permanece um mistério desde seu trágico acidente ao esquiar em 2013.
Ao longo de sua carreira na Fórmula 1, iniciada em 1991, Michael Schumacher se consolidou como um dos maiores pilotos da história do automobilismo. Conquistou dois títulos pela Benetton e, após sua chegada à Ferrari em 1996, celebrou cinco vitórias em consonância pelo Mundial de Pilotos. Mesmo após sua primeira aposentadoria em 2006 e um retorno breve em 2010 pela Mercedes, Michael permanece sendo o recordista de títulos, com sete, e de vitórias, com 91.
O amor pelo futebol
Além do sucesso nas pistas de corrida, Schumacher também tinha uma paixão declarada pelo futebol. Embora, segundo ele, não possuísse talento suficiente para ser jogador profissional, sempre esteve perto do esporte de alguma forma.
Após sua primeira aposentadoria, por exemplo, encontrou no pequeno clube Echichens da Suíça a oportunidade de, nas palavras de seu ex-companheiro Paulo Vaz, simplesmente ser “apenas mais um” em meio aos amadores do clube.
Seu amor pela bola, aliado à sua incrível velocidade e necessidade insaciável de vencer, renderam ao piloto momentos memoráveis, como quando, em 2004, participou de um jogo em homenagem ao brasileiro Ayrton Senna, ao lado de outras estrelas da Fórmula 1. Porém, possivelmente um dos momentos mais icônicos de sua carreira no futebol ocorreu em 2003, quando marcou um gol em um amistoso organizado entre a Fundação Luis Figo e a Unicef.
Legado e homenagens
Desde o seu acidente em 2013, o mundo do esporte uniu-se em um coro de apoio e esperança pela recuperação de Schumacher. Suas ausências nos jogos de caridade que costumava jogar marcaram muito seus ex-colegas de time e fãs.
Em 2014, durante a primeira edição do evento após o acidente, as placas de publicidade nas laterais do gramado apresentavam a mensagem: “Michael, sentimos sua falta! Não vemos a hora de vê-lo neste gramado ano que vem”. Infelizmente, isso ainda não aconteceu.
Apesar de seu estado de saúde, a paixão de Schumacher pelo futebol e seu legado nas pistas de corrida continuam vivos nos corações de fãs do mundo todo. Sua jornada não só como piloto, mas também como apreciador do futebol, deixa uma marca indelével no esporte e insiste em nos lembrar da capacidade humana de superação, determinação e paixão.