Bem, esta é uma notícia que não só abalou ao mundo do futebol, mas a todo o país. Carlos Alberto Torres, o nosso Capita, nos deixou. Aos 72 anos, essa figura tão emblemática da seleção brasileira de 1970, teve um infarto fulminante em casa. Hoje, eu quero te contar um pouco sobre os detalhes de sua despedida.
Após um dia marcado por muita dor e silêncio, Alexandre Torres, filho do ex-jogador, concedeu entrevistas na madrugada do dia subsequente (26). Tímido e com a voz pouco audível, deixou transparecer a emoção vivida naquele momento e a tristeza que deixava seus olhos marejados.
O mistério do Capita
Um dos momentos que arrancaram um leve sorriso de Alexandre Torres foi quando questionado sobre o clube de coração do Capita. Na primeira tentativa, ele apenas riu, na segunda, decidiu romper o silêncio. Disse que essa é uma resposta que nunca terá.
Quando questionado se Carlos Alberto torcia para Fluminense ou Botafogo, Alexandre brincou, afirmando que o pai dizia que torcia para o Cosmos, time de Nova Iorque que o Capita defendeu no final de sua carreira.
Como foi o velório de Carlos Alberto Torres?
O velório ocorreu na sede da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e foi marcado pela reverência e pelo respeito a Carlos Alberto. A família pediu que nenhum emblema de clube fosse colocado sobre o caixão, que foi coberto apenas por uma bandeira do Brasil. Embora Carlos Alberto Torres nunca tenha revelado para qual time torcia, o velório revelou uma ligação especial com o Botafogo, clube no qual atuou como jogador e treinador.
Representantes do Flamengo, onde Carlos Alberto venceu o Campeonato Brasileiro de 1983 como técnico, também prestaram homenagens. Eurico Miranda, presidente do Vasco, deu um abraço apertado em Alexandre Torres, que foi tricampeão carioca e campeão brasileiro e da Mercosul pelo time.
Por volta da meia-noite, o velório foi encerrado e então reaberto às 6h da manhã do dia seguinte. O sepultamento ocorreu às 11h, no cemitério de Irajá, após o corpo de Carlos Alberto Torres ser transportado por um carro dos Bombeiros.
“A história dele está espalhada por todo mundo, vários clubes. Ficamos felizes com esse carinho. Isso realmente conforta. A trajetória do jogador foi eternizada. O que fica agora é a saudade do chefe de família, do pai, do avô. É um momento de dor, mas vamos superar. Ficamos mais confortáveis com todas as homenagens e somos muito gratos”, concluiu Alexandre Torres.