Em outubro de 2020, o Palmeiras vivenciou um momento crucial em sua trajetória rumo ao título da Libertadores 2020. A derrota surpreendente para o Coritiba no Allianz Parque foi o gatilho para uma mudança radical.
A confiança dos torcedores estava abalada, e a diretoria, ciente da necessidade de uma guinada, optou pela substituição no comando técnico.
Abel Ferreira e a nova era
Assumindo o leme, Abel Ferreira inaugurou uma nova era no clube. A chegada do treinador português não só trouxe um estilo de jogo revitalizado, mas também deu oportunidade a jovens talentos, transformando a equipe e proporcionando uma reviravolta impressionante.
A Temporada decisiva de 2015: ponto de partida para a reconstrução
Ao revisitar a trajetória do Palmeiras rumo à Libertadores 2020, é impossível ignorar o ano de 2015.
Marcando o retorno do clube às disputas de títulos, esse ano não apenas sinalizou a retomada financeira iniciada em 2013, mas também marcou a conquista da Copa do Brasil, superando, curiosamente, o mesmo Santos. A Libertadores, no entanto, permanecia um desafio esquivo.
Libertadores nos anos anteriores: desafios e aprendizados
Os anos que se seguiram não foram marcados apenas por sucessos. Eliminações nas fases de grupos em 2016, oitavas em 2017 e uma emocionante chegada à semifinal em 2018, seguida por uma eliminação nas quartas no ano seguinte, moldaram o Palmeiras para a busca incansável pela taça Libertadores.
Mudança de estratégia: 2020 e a aposta na juventude
Em 2020, a estratégia mudou. Contrariando a tradição de contratações de impacto, o Palmeiras apostou em jovens talentos.
A aposta ousada de Abel Ferreira começou a se revelar promissora. Jogadores que eram criticados pela torcida se tornaram peças fundamentais, e o Palmeiras, aos poucos, moldava uma equipe coesa e ambiciosa.
O caminho na fase de grupos da Libertadores 2020: a alviverde imponente
A fase de grupos foi uma demonstração da força do Palmeiras. Cinco vitórias e um empate garantiram a liderança do grupo, permitindo que a equipe decidisse os confrontos no Allianz Parque, exceto pela final, já destinada ao Maracanã.
Oitavas de final da Libertadores 2020: Delfín, do Equador
O Palmeiras encontrou o Delfín, do Equador, nas oitavas. Mesmo fora de casa, a equipe comandada por Abel Ferreira venceu por 3 a 1, evidenciando sua superioridade. Na volta, no Allianz Parque, uma goleada por 5 a 0 consolidou a passagem às quartas de final de forma espetacular.
Quartas de final: Libertad, do Paraguai
Nos confrontos das quartas, o Palmeiras enfrentou o Libertad, do Paraguai. O jogo de ida empatou em 1 a 1, mas em casa, no Allianz Parque, o Verdão impôs seu ritmo, vencendo por 3 a 0 e garantindo a vaga na semifinal de maneira convincente.
Semifinal épica da Libertadores 2020: o confronto com o River Plate
A semifinal foi um verdadeiro teste de fogo. O River Plate, tradicional clube argentino, mostrou sua força, vencendo o duelo de volta por 2 a 0. No entanto, a vantagem conquistada na Argentina, com uma vitória épica de 3 a 0, garantiu o Palmeiras na tão sonhada final da Libertadores.
A final histórica da Libertadores 2020: Palmeiras vs. Santos no Maracanã
A final da Libertadores 2020 entre Palmeiras e Santos não foi apenas uma disputa de títulos; foi a imortalização de um clássico paulista no sagrado gramado do Maracanã.
Pela primeira vez na história, esses dois gigantes do futebol brasileiro se enfrentaram na decisão da principal competição sul-americana. O palco, o icônico estádio do Maracanã, proporcionou uma atmosfera única para um capítulo que será contado por décadas.
O palco sagrado do futebol brasileiro
O Maracanã, conhecido como o Templo do Futebol Brasileiro, testemunhou momentos épicos ao longo de sua história.
Desde as glórias da seleção brasileira até as conquistas memoráveis de clubes, o estádio sempre foi o cenário perfeito para os capítulos mais grandiosos do esporte no país. E, nesse contexto, a final da Libertadores 2020 ganhou contornos de uma epopeia.
A expectativa antes do apito inicial da final da Libertadores 2020
Antes do apito inicial, a expectativa estava no ar. Do lado verde, o Palmeiras buscava seu segundo título na competição, enquanto o Santos, buscando sua quarta conquista, almejava consolidar seu lugar entre os maiores da América do Sul.
O clima no Maracanã era de tensão, reverência e alegria, refletindo a magnitude desse confronto único.
Um jogo truncado e de poucas chances
A partida em si foi um espetáculo de equilíbrio e estratégias. Com ambos os times se estudando e respeitando, o jogo foi truncado, com poucas chances de gol. O Maracanã pulsava com a ansiedade dos torcedores, enquanto as equipes lutavam pela supremacia em uma batalha que transcendia a rivalidade estadual.
Breno Lopes e o gol da glória
Foi nos acréscimos do segundo tempo que a história se desenhou de forma inesquecível. Breno Lopes, que começou a partida no banco, entrou para marcar, portanto, seu nome na eternidade palmeirense.
Rony, com maestria, encontrou Breno na área, e o atacante subiu mais alto que Pará para cabecear e fazer o gol da vitória. O Maracanã explodiu em celebração, e o Palmeiras estava a poucos minutos de conquistar a América novamente.
Cuca e a expulsão emblemática na final da Libertadores 2020
A tensão atingiu seu ápice quando Cuca, técnico do Santos, foi expulso após uma discussão acalorada com Marcos Rocha. A expulsão do treinador santista adicionou um elemento dramático à narrativa, mas o Palmeiras se manteve firme na defesa de sua vantagem.
Celebração e reconhecimento: o bicampeonato da Libertadores
A conquista da Libertadores 2020 foi mais do que um título para o Palmeiras; foi a afirmação, portanto, de uma nova mentalidade, uma aposta ousada em talentos emergentes e o desdobramento de um projeto iniciado anos atrás.
Os jogadores que antes eram questionados agora são celebrados como heróis, e o Palmeiras escreveu, portanto, mais um capítulo glorioso em sua história, conquistando o bicampeonato da Conmebol Libertadores.
O Palmeiras e a eternização na história do futebol Sul-Americano
A campanha do Palmeiras na Libertadores 2020 transcendeu as quatro linhas do campo. Foi uma jornada, portanto, de superação, renovação e celebração de uma identidade que se reinventa para conquistar a América do Sul.
O bicampeonato não é apenas uma conquista; é a materialização de um compromisso, portanto, com a excelência, um legado que ecoará na memória dos palmeirenses e no coração do futebol sul-americano por gerações a fio.