Até momentos antes da vitória por 1 a 0 sobre a Alemanha, o técnico Juan Carlos Osorio, atualmente à frente do Athletico, e, na época, comandando a seleção mexicana, era um dos personagens mais impopulares (se não o mais repudiado) em todo o México.
As críticas intensas dos torcedores, comentaristas e jornalistas ao seu trabalho, iniciado em 2015, chamaram a atenção até mesmo do The New York Times, o principal jornal do mundo, que cobriu o ocorrido.
A maior objeção ao trabalho do colombiano centrava-se em seu sistema de rodízio de jogadores, que continuaria a ser utilizado na Copa de 2018: diante dos alemães, Osorio escolheu sua 49ª escalação diferente em 49 partidas à frente da seleção mexicana.
Como estava a situação?
As críticas também ecoavam desde a derrota por 7 a 0 para o Chile na Copa América de 2016, episódio que quase lhe custou o cargo. O treinador chegou à Rússia sob grande pressão, após a derrota por 2 a 0 para a Dinamarca no último amistoso antes da viagem para o Mundial e por ter defendido seus jogadores após a polêmica festa de despedida da equipe – evento que, segundo revistas de fofoca locais, envolveu 30 profissionais do sexo, grande consumo de álcool e celebrações até o amanhecer.
A mídia mexicana também elogiou Juan Carlos Osorio, referindo-se a ele como um “gênio” e descrevendo sua estratégia para derrotar a Alemanha como “impecável”. Até mesmo Hugo Sánchez, considerado o maior jogador da história do país e atual comentarista de TV, destacou a excelente performance do ex-técnico do São Paulo e Atlético Nacional-COL – antes da Copa, Sánchez havia expressado críticas contundentes sobre Osorio.
Contudo, tudo mudou após a estratégia tática que Osorio aplicou em Joachim Low, o então campeão do mundo, no estádio Luzhniki, em Moscou, durante a Copa de 2018 e desabafou: “Quero dedicar essa vitória aos torcedores do México, principalmente os que me apoiaram. Mas também aos muitos que não apoiaram.”
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