Em uma série de vídeos intitulada “SAF do Galo sem segredos”, Rubens Menin, investidor e presidente do conselho da Sociedade Anônima Futebolística (SAF) do Atlético, uniu-se a Sérgio Coelho, presidente da associação, para elucidar os desdobramentos das dívidas do clube após o início das operações da SAF. Os vídeos, compartilhados nas redes sociais de Menin, visam responder às principais questões sobre o tema.
No segundo vídeo, os líderes destacaram a absorção das dívidas pela SAF, salientando que o montante inicial de R$ 913 milhões quitou parte das dívidas, tornando-as mais gerenciáveis, com taxas menores e prazos mais longos. A gestão eficiente e o superávit operacional visam liquidar tais dívidas em um prazo relativamente curto, de três a quatro anos.
“A SAF absorveu todas as dívidas, mas tem um ponto que quero destacar. Essa entrada inicial de R$ 900 (913) milhões quitou dívidas, sobraram algumas, mas agora elas são mais gerenciáveis, vão ter taxas menores, alongamento de prazo. O Atlético, com uma boa gestão e tendo superávit operacional, que é o objetivo da SAF, vai pagar essas dívidas num período relativamente curto, de três, quatro anos, talvez. E aí, sim, vamos ficar com uma SAF ‘redondinha’ para poder investir e o Atlético ter espaço na frente entre essas potências do futebol.”, disse Menin.
O presidente evidenciou o valuation do Atlético em R$ 2,1 bilhões, equivalente à soma das avaliações de outros três grandes clubes que adotaram a SAF no país. O clube já reduziu cerca de R$ 300 milhões em dívidas bancárias com o aporte inicial da SAF, buscando negociar prazos e taxas de juros mais favoráveis com as instituições financeiras.
“O valuation do Atlético foi de R$ 2,1 bilhões de reais, valor igual à soma das avaliações dos três maiores clubes que recentemente fizeram SAF no Brasil (Botafogo, Vasco e Cruzeiro).”, disse Sérgio Coelho.
Entenda a dívida do Atlético-MG
De acordo com Bruno Muzzi, CEO do Galo, o clube paga em média CDI + 6% de juros sobre as dívidas bancárias, correspondendo a aproximadamente 18% ao ano. O montante abatido geraria juros de aproximadamente R$ 54 milhões em 2024. A SAF ainda precisa quitar cerca de R$ 400 milhões em dívidas bancárias, enquanto o Atlético procura atacar as dívidas mais onerosas para preservar sua saúde financeira.
Dívidas do Atlético-MG
- R$ 600 milhões com bancos
- R$ 440 milhões em CRIs (Certificados de Recebíveis Imobiliários) da Arena MRV
- R$ 313 milhões com as famílias Menin e Guimarães
- R$ 300 milhões de Profut (programa do Governo Federal)
- R$ 160 milhões em dívidas trabalhistas e acordos com clubes, atletas e agentes