Jogadores do São Paulo são contidos pela PM em protesto contra arbitragem
Após o empate por 1 a 1 entre São Paulo e Palmeiras no clássico deste domingo, a tensão se estendeu para fora dos gramados. Jogadores do São Paulo e membros da diretoria precisaram ser contidos pela Polícia Militar no corredor dos vestiários do estádio do Morumbi, em um momento de grande revolta com a arbitragem.
O diretor de futebol Carlos Belmonte e o presidente Julio Casares apareceram nas imagens, ao lado de Calleri e Wellington Rato, jogadores que não estavam relacionados para a partida. Nas imagens obtidas pela reportagem do ge, é possível observar a indignação dos são-paulinos, que proferiram xingamentos contra o trio de arbitragem liderado por Matheus Delgado Candançan. Durante o tumulto, um vídeo mostra o auxiliar de Abel, João Martins, aparentemente ironizando a postura dos rivais.
As reclamações do São Paulo se referem à não expulsão de Richard Ríos por uma entrada dura em Pablo Maia e a não marcação de um pênalti em uma possível falta dentro da área sobre Luciano, no segundo tempo.
Confusão com Abel Ferreira
Após o confronto, o presidente Julio Casares fez um discurso na zona mista do Morumbi, afirmando que Abel não pode arbitrar os jogos do Paulistão. O clube tricolor inclusive vetou a presença do treinador português na sala de coletiva após a partida, alegando tratamento inadequado no Allianz Parque, onde as coletivas muitas vezes ocorrem em locais sem estrutura. O Palmeiras rebateu as acusações.
Na súmula do jogo, o árbitro Matheus Delgado Candançan relatou que a equipe de arbitragem foi interceptada por membros do São Paulo, incluindo o diretor Carlos Belmonte, o presidente Julio Casares e alguns jogadores do elenco, com xingamentos e ameaças, como “você nunca mais vai apitar aqui”.