Um dos maiores clássicos do Brasil, o Atletiba coleciona diversos momentos marcantes para as torcidas de Athletico e Coritiba. Por isso, decidimos relembrar um confronto histórico à favor do Furacão. O duelo em questão ocorreu no dia 28 de junho 1958.
Na ocasião, o Rubro-Negro derrotou o Coritiba por 5 a 1, em um jogo paralisado aos 30 minutos do segundo tempo, ou seja, sem chegar ao fim do cronômetro.
A partida
O Furacão vencia por 1 a 0, com um gol do meia direita Geraldino, quando Nivaldo, goleiro do Coritiba, e o centroavante rubro-negro Taíco disputaram uma bola pelo alto. Ela sobrou para o meia esquerda Jandir, que marcou o segundo do Athletico. No lance, o arqueiro rival acabou se machucando e deixou o jogo.
Na época, a regra não permitia substituições e, com isso, o ponta-direita China foi para o gol. Ele até chegou a defender um pênalti, mas não pôde evitar a goleada athleticana. Ainda no primeiro tempo, o ponta direita Isabelino fez o terceiro do Furacão, Almir descontou para o Coritiba e o ponta esquerda Gaivota fez o quarto do Furacão. Aos 44’ do primeiro tempo, o Coritiba ainda perderia Marcio por contusão.
Na segunda etapa, ainda teve Aurélio expulso. Athletico chegou ao quinto gol, novamente com Jandir. Perdendo por 5 a 1 e com oito jogadores em campo, o Coritiba passou a forçar o final da partida, para evitar uma goleada ainda mais retumbante.
O coxa-branca Miltinho, dizendo-se contundido, deixou o campo. E aos 30 minutos, Guimarães forçou uma nova expulsão, agredindo um jogador rubro-negro em frente ao juiz. Restavam apenas seis jogadores do Coritiba em campo e o árbitro Kalil Karam Filho teve que encerrar a partida.
Após o jogo, o rival acionou o Tribunal de Justiça Desportiva. A alegação era que Miltinho não havia deixado o gramado, mas apenas se deitado, contundido, junto à linha lateral. O tribunal decidiu, então, que os times deveriam voltar ao campo para jogar os 15 minutos restantes.
Até hoje, o CAP aguarda o rival para finalizar a partida. Apesar de toda a confusão, a goleada no clássico foi um dos momentos marcantes da campanha que levou o Furacão à conquista do título estadual de 1958.
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