O Brasil apresentou um aumento significativo nos gastos com contratações internacionais no ano de 2023, de acordo com o relatório anual da Fifa. Este incremento foi impulsionado, principalmente, pelas Sociedades Anônimas do Futebol (SAFs) e clubes-empresa.
Os dados mostram que o Brasil teve um acréscimo de US$ 38 milhões (R$ 188 milhões) nos gastos com contratações em 2023 em relação à temporada anterior. Entre os clubes que mais investiram em reforços na América do Sul, estão três sociedades anônimas: Botafogo, Vasco e Bahia, além do Red Bull Bragantino, que é gerido por uma empresa.
Investimento x Retorno nas contratações
Contudo, é válido ressaltar que o relatório da Fifa considera apenas os investimentos em contratações do exterior, e não inclui as operações nacionais. Ao final de 2023, o Brasil investiu um total de US$ 146,2 milhões (R$ 718.8 milhões) em transferências internacionais. Em contrapartida, no ano anterior, o valor investido foi de US$ 107,9 milhões (R$ 530,5 milhões). Isso representa um incremento nos gastos de 35,4%.
Apesar deste aumento expressivo, o Brasil cresceu menos em investimentos que o mercado mundial. Ao redor do globo, observou-se um aumento de gastos com transferências de 48%, muito disso devido ao forte investimento da Arábia Saudita, que aplicou quase US$ 1 bilhão em um ano, cerca de 10% do total.
Clubes brasileiros entre os que mais investiram em contratações
Entre os dez clubes da Conmebol que mais investiram em contratações internacionais, seis são brasileiros: Flamengo, Santos, Botafogo, Vasco, Red Bull Bragantino e Bahia. Destes, três são SAFs e um é clube-empresa.
Fica a expectativa para o ano de 2024, que já iniciou com a contratação de jogadores como Luiz Henrique pelo Botafogo e João Victor e Adson pelo Vasco. A SAF promete continuar influenciando os negócios no futebol brasileiro e mundial, e só o futuro dirá quais serão os próximos movimentos deste mercado em constante transformação.