Na última quarta-feira, uma reunião inédita ocorreu na Presidência do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE): os mandatários do Sport, Yuri Romão, e do Náutico, Bruno Becker, pediram auxílio ao judiciário para combater a escalada de violência no futebol pernambucano. A iniciativa surgiu, sobretudo, após o ataque sofrido pelo ônibus do Fortaleza.
A reunião gerou uma iniciativa inédita para o futebol do estado: a criação de uma vara de justiça especializada em crimes organizados, incluindo os delitos cometidos em jogos de futebol. Esse marco jurídico, entretanto, ainda precisa tramitar no TJPE e receber aprovação da Alepe. A previsão é de que seja implementado até o início de abril.
Funcionamento e atribuições da nova vara
Quando efetivada, como atuará a vara de justiça? Atualmente, o Juizado do Torcedor responde apenas por crimes de menor potencial ofensivo, mas não abrange ocorrências graves, como a tentativa de homicídio no caso do ônibus do Fortaleza. Com a vara especializada em crimes organizados, essa lacuna será preenchida.
O objetivo é aprimorar o processo de investigação, julgamento e execução de penalidades para crimes perpetrados em partidas de futebol, com apoio contínuo do Ministério Público de Pernambuco, Alepe e Polícia Militar.
Desde o atentado ao ônibus do Fortaleza, a direção do Sport vem acompanhando os desdobramentos do caso de perto, mostrando a importância da busca por soluções efetivas que garantam a segurança tanto dos jogadores quanto dos torcedores durante as partidas de futebol. Como resultado dessa reunião, surge a esperança de uma resposta jurídica forte e direcionada à problemática da violência no futebol pernambucano.