No último dia de 2023, o Corinthians ostentava o título de maior contrato de patrocínio do futebol brasileiro em mãos, fruto de um acordo com a Pixbet que lhe rendia R$ 35 milhões por ano e que se concentrava exclusivamente na área do omoplata do uniforme alvinegro. Ademais, a casa de apostas pagava outros R$12 milhões para ocupar o espaço nas costas do uniforme dos atletas.
No entanto, a partir da virada do ano, esse cenário muda. O Flamengo entra em cena e leva o título de melhor contrato de patrocínio para uma única propriedade do uniforme ao firmar um acordo com a mesma Pixbet. O contrato, no valor de R$ 45 milhões por temporada, também é para a área do omoplata do uniforme flamenguista, ultrapassando assim o rival.
Quais foram os detalhes desse acordo de patrocínio?
Vale notar que o acordo firmado com o Rubro-Negro é de R$ 90 milhões, válido para as temporadas de 2024 e 2025, e foi aprovado pelo Conselho Deliberativo do clube na última quinta-feira do ano que se encerra.
Além disso, há informações de que a Pixbet propôs um valor ainda maior para ocupar o espaço principal do uniforme flamenguista: R$ 85 milhões por ano a partir de 2024. Contudo, o clube ainda está avaliando se aceita essa oferta ou mantém o BRB (Banco Regional de Brasília), que rende aos cofres do time R$ 32 milhões fixos, além de bônus de acordo com a movimentação financeira dos correntistas rubro-negros no banco.
Observando o ranking dos dez maiores contratos de patrocínio do futebol brasileiro, nove são de casas de apostas. O único clube que foge a essa regra é o Palmeiras, graças à Crefisa, que paga em torno de R$ 30 milhões para ocupar o peito do uniforme do Verdão. Este é um momento importante para reflexão sobre o marketing esportivo e como as marcas influenciam nesse cenário.
Quem são os líderes desse ranking de patrocinadores?
Vale lembrar que Leila Pereira, patrocinadora do Palmeiras, monopolizou todos os espaços do uniforme com Crefisa e FAM e paga R$ 81 milhões por temporada. Logo após, vêm Atlético-MG, Botafogo, Cruzeiro, São Paulo, Internacional, Santos e Vasco – nesta ordem. É interessante notar que três desses contratos (Corinthians, Flamengo e Internacional) não são relativos ao patrocínio máster.
Enfim, este é o atual panorama dos patrocínios do futebol brasileiro. A escalada para a predominância das casas de apostas marca a atual fase do marketing esportivo no Brasil, e nossos clubes se ajustam para obter o máximo dessas parcerias.