Ao olhar para o passado, 30 anos atrás, nos deparamos com o início da monumental aliança entre o Palmeiras e a indústria de laticínios Parmalat. Uma parceria que marcou uma época de triunfos para o clube e uma era dourada para a companhia. Desde então, o tempo passou, transformando o cenário de 1992 em um passado glorioso. Vamos embarcar nessa viagem no tempo para descobrir como tudo aconteceu?
Fundada em 1961 na Itália por Calisto Tanzi, um empresário com visão de se tornar o “magnata do leite”, a Parmalat experienciou tempos de esplendor em território doméstico e aqui no Brasil. Inovando no mercado, a Parmalat lançou um leite de longa vida, que mantém as propriedades nutricionais por seis meses. Isso catapultou a empresa ao topo das vendas na Itália, fortalecendo ainda mais seu nome no mercado.
A conversa sobre esporte e Parmalat tem origem na década de 1970, quando a empresa iniciou seu envolvimento no mundo do esporte. Mais especificamente, sua trajetória no futebol começou com o patrocínio da equipe Brabham de Fórmula 1 e do time local de futebol Parma. Este foi o começo do reconhecimento global e da chegada do grande fluxo monetário.
A “Era da Glória” e o Parmalat
Em 1992, quando o Palmeiras estava passando uma grande seca e o jejum de títulos já durava 16 anos, a Parmalat chegou aproximar seu nome do clube. Durante a parceria, a gangorra passou a subir para o Palmeiras.
Com injeção de dinheiro e planejamento eficaz, o Palmeiras embarcou na chamada “era vitoriosa”, conquistando troféus importantes como o Campeonato Paulista, Campeonato Brasileiro, Torneio Rio-São Paulo, Copa Mercosul, Copa do Brasil e a maior conquista do clube na época, a Libertadores.
No entanto, nem tudo são flores. O ano de 2003 marcou o início de uma crise sem precedentes para a Parmalat. A megacrise veio à tona quando a companhia revelou que uma suposta conta bancária com 4 bilhões de euros nas Ilhas Cayman era, na verdade, inexistente.
Isso desencadeou uma série de processos e investigações que levaram à descoberta de uma fraude bilionária e consequente falência fraudulenta da empresa. Com as finanças em ruínas, o patrocínio ao esporte cessou.
Apesar dos percalços, a Parmalat tem se mantido operante. Hoje, a empresa ainda comercializa seus produtos, “produzidos dentro dos padrões de qualidade recomendados pelo grupo”, segundo a empresa, e mantém viva a memória afetiva de muitos brasileiros que viveram a época de ouro da Parmalat no futebol brasileiro.