Nesta quarta-feira (22), ocorreu a CPI do Senado sobre manipulação no futebol, e o presidente do São Paulo, Júlio Casares, teve que depor após denúncias de John Textor em relação a derrota do Tricolor para o Palmeiras por 5 a 0, no Brasileirão de 2023.
“Eu sou sempre a favor da ciência, mas acho que temos que ter preocupação dentro da inteligência artificial, que são dados superficiais, sobre a reputação de um jogador. Esse relatório pode ajudar um gestor, pode ser útil, mas tenho a preocupação de subjugar, prejulgar, através de um número subjetivo de avaliação de tantos passes errados, a postura de um atleta. Nós temos que tomar cuidado. Gostaria que esse relatório fosse aprofundado”, disse o presidente do São Paulo.
“Eu não sei se esse mesmo estudo dessa plataforma foi feito quando ele (Botafogo) tomou uma virada histórica do Palmeiras. É muito irresponsável sem ter o prejuízo de apurar, fazer um juízo de valor. Aquele jogador que teve 80% de passes errados, isso não significa que ele está envolvido. Tem que apurar, mas a responsabilidade deve ser medida pelo que ele fala. Eu não faria um juízo de valor colocando um delito grave em cima de um profissional”, completou.
A explicação de Casares sobre o desempenho fraco do São Paulo naquele jogo
“Nós vínhamos de uma conquista histórica, o São Paulo nunca tinha ganhado uma Copa do Brasil. No futebol, depois de uma grande conquista, há um relaxamento, com 15 minutos tomamos um gol, jogador expulso. Vi depois um brigando com o outro no vestiário. Quando veio a declaração do Textor, nós pedimos apenas que ele provasse. Se tiver prova e (existe) algum culpado, vamos punir, mas presumindo a inocência dos atletas, eu acredito neles. Ninguém pode acusar alguém de um problema que não pode ser provado”, reiterou.