Nos ricos anais do futebol brasileiro, há um elemento icônico que se destaca: o uniforme da seleção, com suas cores vibrantes e vivas, símbolo de um país apaixonado pelo esporte. Este foi concebido por Aldyr Schlee, que venceu o concurso do jornal “Correio da Manhã” que visava estabelecer a identidade visual do time nacional com as cores da bandeira.
Como ressalta Antonio Carlos Napoleão, responsável pelo gerenciamento de Memória e Acervo da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), a estreia da camisa amarela ocorreu muito antes do primeiro título mundial do Brasil. Foi em 28 de fevereiro de 1954, quando a seleção superou o Chile por 2 a 0, que o Brasil ostentou pela primeira vez seu agora icônico uniforme amarelo.
A partir de então, com essa camisa, o Brasil caminhou para se tornar uma potência mundial nas competições de futebol. Conquistou cinco Copas do Mundo e, mais recentemente, uma medalha de ouro nos Jogos Olímpicos. Porém, houve uma exceção notável quando o Brasil se viu forçado a desviar de sua habitual camisa amarela. Na Copa do Mundo de 1958, o Brasil competiu contra a Suécia, a anfitriã do torneio, em um uniforme azul.
Controvérsias e momentos marcantes na história da camisa da seleção
Apesar do seu sucesso, o uniforme do Brasil não esteve isento de controvérsias. Durante a Copa do Mundo de 1982, o uniforme brasileiro continha um ramo de café estampado em seu escudo, uma alusão a um acordo de patrocínio com o Instituto Brasileiro de Café (IBC). Embora a Fifa tenha inicialmente vetado a inclusão do emblema, o Brasil encontrou um meio de contornar a proibição encomendando uma reformulação do escudo. Este elemento acabou permanecendo no escudo da CBF até 1986.
A patrocinadora Coca-Cola marcou presença nas camisas da seleção em 1987 em um jogo amistoso contra o Chile, gerando espanto com um grande retângulo vermelho em destaque na parte frontal do uniforme.
Apesar do impacto visual, essa foi a única vez que a marca apareceu diretamente no uniforme da seleção em um jogo. Para saber mais detalhes sobre essas histórias intrigantes e muitas outras, procure pela matéria de Adriano Wilkinson: “O dia em que CBF driblou a Fifa e mudou a camisa da seleção por US$ 3 mi”.