O treinador Juan Carlos Osorio fez suas primeiras declarações desde sua saída abrupta do Athletico, após apenas dois meses e 12 partidas no comando da equipe. Em uma entrevista concedida à Telemedellín, da Colômbia, ele mencionou que houve divergências de opinião com a direção do clube e admitiu que deveria ter ponderado mais antes de aceitar a oferta do Furacão.
Entre os pontos de discordância estavam as exigências para a utilização de reforços e a falta de jogadores que se adequassem melhor ao seu sistema de jogo, incluindo a necessidade de um maior número de atletas canhotos. Mostrando que o clube não tem o hábito de ter atletas da perna esquerda em seu elenco.
Osorio foi contratado pelo Athletico em 3 de janeiro, mas sua passagem pelo clube foi interrompida em 3 de março após a derrota para o Londrina nas quartas de final do Campeonato Paranaense. Apesar de ter sofrido apenas uma derrota, sua gestão foi marcada por rodízios na equipe, improvisações táticas e controvérsias, especialmente após o clássico Atletiba, onde ele provocou a torcida do Coritiba.
Abre aspas
“Fui responsável por ter dito que sim, por ter visto a folha de pagamento e não ter percebido isso. Me disseram que eram dois canhotos muito bons, mas estavam lesionados, nunca conseguimos levá-los em conta. A decisão é minha, mas cumpri todos os objetivos”.
“O Paranaense investiu mais de 15 milhões de dólares em oito jogadores estrangeiros. E no Estadual podiam jogar cinco. Tinha quatro jogadores para jogar na ponta direita e, para mim, isso é inusitado e inapropriado.”
“Tinha seis defensores centrais [zagueiros], cinco destros e um canhoto. Para mim deveria haver quatro defensores, dois canhotos e dois destros… Para mim o zagueiro do lado esquerdo tem que ser canhoto, se tiver um jogador destro nessa posição é impossível.”
“Um projeto esportivo em que, ao final de 12 jogos, tivemos 69% de aproveitamento, com sete vitórias, cinco empates e apenas um derrota aos 87 minutos de partida de ida e volta.”
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