Aguinaldo Farias, presidente do Conselho Deliberativo do Athletico, afirmou que o clube adota uma abordagem paciente para negociar uma eventual Sociedade Anônima do Futebol (SAF) rubro-negra. Farias também recordou a famosa declaração de Mario Celso Petraglia, descrevendo o Furacão como a “noivinha” do mercado.
“O Athletico não está desesperado por SAF, porque o Athletico tem uma estrutura empresarial que permite o planejamento em longo prazo. Então, a SAF vai ter o seu momento” – disse em entrevista para Monique Vilela.
“Mas tem que ter um bom marido. Então, a gente não tem pressa. Foi a mesma coisa em relação ao naming rights. Esperamos um bom tempo e conseguimos uma empresa genuinamente paranaense, que tem boa estrutura e os mesmos preceitos do nosso clube. A mesma situação é a da SAF. Uma hora vai chegar, mas tem que ter os mesmos ideais do Athletico”.
E a SAF do Paraná?
A Sociedade Anônima do Paraná Clube está novamente aguardando propostas. O Grupo Carpa (que é intermediado pela Pluri Consultoria Economista, responsável pela assessoria de clubes brasileiros no processo de transformação para SAF) retirou a oferta de investimento de R$ 430 milhões por 90% da SAF, que havia sido feita em novembro do ano passado e posteriormente aprovada pelo Conselho Deliberativo do Paraná Clube.
A formalização da retirada da oferta ocorreu no processo judicial na sexta-feira. A Carpa está avaliando se fará uma nova proposta ou se desistirá definitivamente de adquirir a SAF do Paraná Clube, mas pessoas ligadas ao grupo estão adotando um tom mais pessimista sobre o assunto. O Paraná Clube permanece na expectativa de um desfecho positivo.
Um dos principais problemas está relacionado à situação das dívidas tributárias do clube com o Governo Federal, que totalizam R$ 48 milhões e não foram incluídas na Recuperação Judicial. O Paraná Clube não compareceu a uma audiência para renegociação das dívidas, que estava prevista para a semana passada, e solicitou uma nova data à União.
Em novembro de 2023, o grupo de investidores expressou disposição para pagar parte da dívida do Paraná Clube, que, com a Recuperação Judicial, foi reduzida de R$ 126 milhões para aproximadamente R$ 68 milhões.
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