A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) tomou a decisão de recusar a solicitação da Federação Nacional dos Atletas Profissionais (Fenapaf) para proibir o uso de gramados sintéticos no Brasileirão de 2024. Algumas equipes, como o Fluminense, também manifestaram sua oposição ao uso desse tipo de piso.
A entidade responsável pelo futebol no Brasil optou por formar uma comissão para analisar os impactos de cada tipo de grama na saúde dos atletas. Há uma tendência de reavaliação para a competição nacional no próximo ano.
Um estudo conduzido na Finlândia e citado durante a reunião da CBF revisou 1.447 produções científicas sobre a relação entre lesões e o tipo de gramado. Destas, uma seleção de 22 estudos, sendo 13 na Europa, seis nos Estados Unidos e três na Ásia, foi considerada com metodologias confiáveis.
Com base nesses dados, o estudo indicou que as lesões ocorrem em menor número quando os profissionais jogam em gramados artificiais em comparação com os gramados naturais.
Como se dá a grama sintética?
De acordo com Thiele, a adaptação do jogador requer um período de quatro a seis dias, dependendo dos treinamentos, uma vez que o tempo de bola se torna distinto. Nesse sentido, a escolha da CBF em autorizar que as equipes realizem treinos no campo sintético antes das partidas da Série A pode facilitar esse processo.
“O que não pode é não ter algo baseado em evidências, trabalhos científicos. Um campo de grama natural mal cuidado, que a gente vê muito, têm maior risco de machucar que uma grama sintética bem trabalhada e cuidada”
O estudo mostra que as lesões são menores no futebol, na grama sintética, a nível de atleta profissional. Portanto, o gramado da Arena da Baixada ainda é mais seguro que o usual, independente da reclamação ou não dos demais adversários.
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