Em fevereiro de 2022, o diretor-técnico Paulo Autuori e o diretor de futebol Ricardo Gomes renunciaram aos seus cargos no Athletico. A dupla comunicou sua decisão ao presidente Mario Celso Petraglia na tarde daquele mês. Entre os motivos que influenciaram as demissões estavam as discordâncias sobre o desempenho da equipe de aspirantes, que disputava o Paranaense.
Após o empate em casa com o União-PR no domingo à noite, a direção fez uma forte cobrança em relação ao trabalho da equipe de aspirantes. Sob o comando de James Freitas, o time rubro-negro ocupava a sétima colocação entre os 12 participantes, com uma vitória e quatro empates em cinco jogos.
Autuori, que havia apoiado a vinda do profissional, entrou em desacordo com o dirigente e pediu demissão na segunda-feira. Em gesto de lealdade ao amigo, Ricardo Gomes, indicado por Autuori, também solicitou seu desligamento.
Situações de desgaste
Situação semelhante ocorreu em 2017, quando o Athletico demitiu Eduardo Baptista após apenas 13 jogos. Na época, Autuori, que ocupava o cargo de diretor de futebol, discordou da decisão e também deixou o clube.
Durante esta passagem pelo Athletico, Autuori considerou sair em alguns momentos por motivos pessoais. Uma dessas ocasiões foi quando a diretoria começou a fazer cobranças intensas a António Oliveira, que posteriormente pediu demissão.
Em dezembro do ano anterior, cogitou deixar o clube, mas optou por permanecer e montou um departamento de futebol com Alberto Valentim, Bruno Lazaroni, Lucho González e Ricardo Gomes.
Em janeiro, a chegada de Alexandre Mattos como CEO da área de Negócios e Relações Internacionais gerou divergências de ideias. O perfil do novo dirigente era diferente, o que gerou incerteza sobre o rumo que o clube estava tomando. Autuori, então com 65 anos, estava no clube desde 2020. Além de dirigente, ele havia treinado o Furacão em 2016 e 2017, além de assumir o cargo interinamente em outras oportunidades.
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