Em um movimento raro, o árbitro Marcelo de Lima Henrique revelou, recentemente, o quanto um “juiz” de futebol ganha no Brasil por jogo. A informação, que quebra um habitual tabu no esporte, veio durante uma entrevista ao podcast “Mundo GV”.
Ao contrário de muitas profissões que possuem remuneração fixa, no caso do árbitro de futebol, a remuneração é determinada por partida. Cada competição tem sua própria taxa de pagamento. “Copa do Brasil é uma taxa, Carioca é outra, Brasileirão é outra”, explicou Marcelo de Lima Henrique.
As categorias FIFA e Master, consideradas a elite da arbitragem nacional, têm taxas mais elevadas. Em média, esses profissionais recebem R$ 7 mil por partida. Marcelo, que é um desses árbitros, junto com Vicente Renato Paiva Vuaden, que se aposentou em 2022, são atualmente os únicos árbitros Master em atividade no Brasil.
Preparação e despesas profissionais dos árbitros
Durante a entrevista, Marcelo fez questão de salientar que a atividade da arbitragem vai muito além dos 90 minutos do jogo. “A galera acha que o árbitro vem de Marte, apita o jogo e volta. Não, tem um preparo e algumas condições profissionais que a gente cria e tudo isso tem custo também”, defendeu ele.
Nesse contexto, sublinha a importância tanto do reconhecimento da dedicação destes profissionais quanto de uma remuneração condizente com o trabalho realizado. Na final da Copa do Brasil, por exemplo, o pagamento pode chegar até a R$ 15 mil.
O depoimento de Marcelo de Lima Henrique ajuda a esclarecer a realidade financeira dos árbitros no Brasil. Como em qualquer profissão, é crucial reconhecer e valorizar o trabalho desses profissionais, sobretudo em um país tão apaixonado por futebol. Ao proporcionar um ambiente de trabalho mais equitativo e justo, é possível assegurar não apenas a qualidade das partidas, mas a integridade do esporte tão amado pelos brasileiros.