A Liga Premier, um dos principais campeonatos de futebol do mundo, admitiu que o sistema de assistência ao árbitro por vídeo (VAR), usado para auxiliar na tomada de decisões durante os jogos, enfrenta problemas. Segundo Tony Scholes, diretor de futebol da Liga, o tempo que os árbitros levam para consultar o vídeo é muito longo e ainda existem confusões em algumas abordagens.
Em uma declaração, Scholes revelou que uma das grandes preocupações levantadas pelos técnicos durante as reuniões semestrais e visitas às equipes era a confusão com a aplicação da lei da mão na bola. “Não temos ideia de onde estamos agora com a lei da mão na bola”, reclamou um dos técnicos, segundo Scholes.
As falhas do VAR
De acordo com uma avaliação feita por um grupo independente, que inclui ex-jogadores, até agora na temporada 2023/24, houve 57 intervenções “corretas” do VAR, das quais 24 foram para ocorrências em campo que teriam sido deixadas como decisões errôneas se não houvesse intervenção. No outro lado da moeda, foram registrados 20 erros, 17 deles relacionados a incidentes que deveriam ter acionado o VAR, mas não agiram.
Para corrigir essas falhas, Scholes disse que será conduzida uma pesquisa abrangente envolvendo técnicos, jogadores e outras partes interessadas do futebol, como a Associação de Jogadores e a Associação de torcedores. A pesquisa vai focar em assuntos como os limites de aplicação do VAR, as regras de impedimento e a lei da mão na bola.
Críticas ao VAR
O diretor da Liga Premier também criticou a experiência do VAR para os torcedores nos estádios, uma vez que a longa espera pelas análises e decisões prejudica o fluxo do jogo. “Estamos fazendo muitas verificações e demorando muito para fazê-las. Isso está afetando o fluxo do jogo e estamos muito cientes disso e da necessidade de melhorar a velocidade das análises, mantendo sempre a precisão”, afirmou.
Implantado na elite do futebol inglês na temporada 2019/2020, o VAR deveria aderir ao uso do impedimento semiautomático, uma tecnologia que é utilizada na Copa do Mundo e na Champions League. No entanto, de acordo com Scholes, esses planos provavelmente serão adiados.