Você sabia que as regras de substituição no futebol nem sempre foram as que conhecemos hoje? Sim, as coisas mudaram bastante desde a primeira substituição feita na história do esporte, durante a Copa do Mundo de 1958. O primeiro jogador a ser substituído foi o soviético Viktor Serebrjanikov, que deu lugar a Anatoliy Puzach, na partida entre México e União Soviética. Neste contexto, a Fifa permitiu substituições apenas em caso de lesão.
Se você é um fã do futebol, deve imaginar o quanto essa situação poderia ser incômoda para os torcedores. Imagine assistir a um jogo no qual um jogador se lesiona e sua equipe fica com apenas dez jogadores até o final. Isso só estimulava as atitudes mais agressivas dentro de campo, já que algumas equipes se aproveitavam dessa possibilidade para minar a performance adversária.
A Evolução das Regras de Substituição no Futebol
Na Copa de 1970, as regras foram alteradas novamente. A Internacional Football Association Board (IFAB), a entidade responsável por definir as regras do futebol, passou a permitir duas substituições, independentemente do motivo. Isso significava que os treinadores ganharam mais liberdade para mexer em suas equipes durante uma partida, podendo alterar táticas ou refrescar sua equipe com jogadores descansados.
Em 1995, a IFAB fez mais uma mudança na regra, autorizando a terceira substituição. Isso abriu caminho para elencos mais numerosos e com mais possibilidades estratégicas para os treinadores. Uma vez em vigor, essa mudança teve um impacto muito grande não somente no desempenho das equipes em campo, mas também no próprio desenvolvimento profissional dos jogadores.
Como Está a Regra de Substituição Atualmente?
Em 2016, a IFAB revisou mais uma vez a regra, e passou a permitir uma quarta substituição em caso de prorrogação. Já em 2020, devido à pandemia da Covid-19, a regra foi novamente alterada para permitir cinco substituições por time, contanto que o jogo seja interrompido apenas três vezes, além do intervalo. A substituição extra em caso de prorrogação foi mantida. No final de 2021, a IFAB anunciou que a regra de cinco substituições seria adotada de maneira definitiva.
Na Copa do Mundo de 2022, a FIFA realizou um teste autorizando uma substituição extra em casos de choques de cabeça ou outras concussões. Mesmo que ainda não tenha sido implementada em outras ligas, essa medida pode ser considerada uma vitória para a saúde dos jogadores e um avanço em termos de consciência sobre a importância da segurança dos atletas.