O Corinthians já pagou o maior mico da temporada de 2024 logo no primeiro mês do ano. Na última semana, o rival do Palmeiras perdeu Lucas Veríssimo, seu principal zagueiro e uma das referências técnicas da equipe, para o Al-Duhail, do Catar, por conta de um amadorismo sem tamanho.
Segundo o presidente corintiano, Augusto Melo, estava tudo certo para a permanência em definitivo do defensor em Itaquera. Ele seria adquirido junto ao Benfica, de Portugal. O próprio mandatário, porém, revelou que não havia nada assinado entre as partes e até admitiu erro em não colocar a assinatura no papel assim que os termos foram definidos.
“Pode ser que até nós tenhamos errado da seguinte forma: esperar assinar o contrato. Só que é o que eu falei: há uma relação comercial tão boa que nós temos um crédito lá e tava tudo certo, 8 milhões de euros.
Eles propuseram o valor, aceitamos os 8 milhões, chegamos num acordo. Deu um probleminha numa cláusula, foi arrumado, faltava só o atleta assinar, só que (ele) ficou enrolando dez dias. E não vai mais enrolar aqui, acabou, chega. Aqui é o Corinthians”, disse o cartola.
Como tudo ficou no campo da palavra, o Duhail aproveitou a bobeira do rival do Verdão, chegou junto aos portugueses com uma proposta maior e levou o jogador de 28 anos de idade embora. E o time do Parque São Jorge ficou a ver navios.
Nova direção do Corinthians tem apreço pela palavra
Se tem algo que a nova direção corintiana domina é a palavra. Promessas, como o negócio por Gabigol, que nunca aconteceu, e frases como “acabou a farra de Palmeiras e Flamengo” marcam o começo da gestão de Augusto Melo.
O que há de concreto até o momento, no entanto, é muito pouco. Contrapondo a promessa de um time competitivo, a realidade aponta para uma equipe bem semelhante a do ano passado, a mesma que brigou para não cair para a Série B do Brasileirão.