O atacante Alef Manga quebrou o silêncio, concedendo uma entrevista exclusiva ao Globo Esporte Paraná, quatro meses após ser penalizado com uma suspensão de 360 dias por envolvimento em manipulação de resultados, decisão tomada pela 2ª Comissão Disciplinar do Superior Tribunal de Justiça Desportiva.
Manga expressou seu arrependimento, descrevendo o episódio como o “pior momento de sua vida”. Ele compartilhou detalhes sobre as ameaças que recebeu nas redes sociais, falou sobre o impacto ao ouvir o áudio da conversa com os apostadores e admitiu o receio de ser banido do futebol.
Revelado pelo Volta Redonda, com uma passagem destacada pelo Goiás, Alef Manga estava em boa fase no Coritiba quando foi acusado de ter manipulado um cartão amarelo em troca de receber R$ 45 mil de apostadores. O incidente teria ocorrido durante o jogo contra o América-MG, pela 25ª rodada do Campeonato Brasileiro de 2022.
Embora Alef Manga mantenha vínculo contratual com o Coritiba até dezembro de 2024, sua suspensão o impede de retornar aos gramados até agosto. O advogado do jogador busca um acordo com o Ministério Público para permitir sua liberação após cumprir 50% da pena, possibilitando seu retorno às atividades a partir de março.
Veja as aspas
“Hoje eu me arrependo muito. Sou ser humano e mereço uma segunda chance. Mas é um arrependimento muito grande, pois tudo que passei desde pequeno e chegar aonde cheguei não é fácil. Quero deixar uma mensagem que não façam o que fiz, pois é muito feio. É uma oportunidade que estava precisando, mandar essa mensagem de arrependimento para que possam nos dar uma segunda chance.”
“Passa um filme grande na minha cabeça pela questão de tudo que aconteceu. Foi péssimo para mim e para todas as pessoas que gostam do meu futebol e do Coritiba. Foi o pior momento da minha vida. Palavras e xingamentos, ameaças a mim e a minha família. Pessoas mandando altas mensagens para mim, mas eu não podia nem responder, pois minha cabeça estava um trevo.”
“Estou aqui, estou de volta e em um clube que eu amo que é o Coritiba. Quero voltar o quanto antes e ajudar os meus companheiros e o professor Guto Ferreira, que é um cara sensacional e vem me dando todo o suporte. Quero dar alegrias ao torcedor ali no Alto da Glória, que é a minha casa.”
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