Na tarde desta terça-feira (30), Lucas Verissimo revelou o seu lado da história na saída conturbada do Corinthians. O zagueiro concedeu entrevista exclusiva para o GE e contou todos os bastidores da negociação com o Al-Duhail, do Catar.
“Em dezembro, um pouco antes de acabar o campeonato já começaram as tratativas, o Duilio estava fazendo a transição da presidência. Essas tratativas se estenderam por cerca de um mês. No dia 27 ou 28 eles tiveram o “ok” do clube e da minha parte, estava tudo certo até então. O Benfica enviou documentos para o Corinthians e aguardava um retorno, algo normal na transação. Houve uma demora para esse retorno. Havia uma data de vencimento para assinar esse documento, era dia 15. Antes de a gente se reapresentar, me falaram que esse contrato seria assinado, que eu renovaria com o Corinthians. Pediram para eu esperar. Nós nos apresentamos dia 7, começaram os treinos, e os dias foram passando, as coisas não foram acontecendo. Cobrei meu estafe (grupo liderado pelo empresário Paulo Pitombeira) e dentro do clube fui cobrando também o Rubão pela oficialização desse contrato. Nesse meio tempo teve a apresentação da VaideBet, que gerou um meme até, vi isso na rede social. O presidente fala que uma das primeiras coisas que ele fez foi a compra do Lucas Veríssimo, tanto que eu acho estranho e olho para ele. Pegaram esse corte para brincar na rede social. Mas não tinha nada certo, estava tudo apalavrado, mas nada assinado.
Verissimo alega que o Corinthians enrolou a negociação
“Os dias iam passando e nada acontecendo, comecei a achar estranho. Já vivi muita coisa no futebol, positiva e negativa. Tive inúmeras promessas no futebol que não foram cumpridas, seja por lesão ou por mentira mesmo, incapacidade do profissional, enfim… Inúmeras promessas que não foram cumpridas. Quando começou a estender, as coisas não acontecerem, eu fiquei preocupado. Já tive uma lesão séria que me tirou muita coisa no futebol. A partir do dia 7 comecei a cobrar o clube e o meu estafe. Ficaram de passar para jurídico, advogado, e as coisas não aconteciam. Até que na semana do dia 15, quando a gente iria estrear (no Paulistão), na segunda-feira houve um contato comigo do Rubão. Ele falou que a gente iria assinar o contrato. Eu falei: “Perfeito, a gente mata isso hoje e vida que segue”. Passou o dia, o clube oficializou quatro atletas, e ninguém falou nada do meu contrato. Cobrei o Rubão, que falou que tinha alguma falha que o jurídico iria resolver. Passou terça-feira, quarta-feira, as coisas não aconteciam. Até que recebi o contato do Catar, me apresentaram o projeto, que eu achei muito bom, uma liga que já está crescendo e vai crescer ainda mais, me colocaram nesse patamar de fazer uma evolução na liga e isso me agradou bastante. Resolvemos nossa parte e, como o Corinthians já tinha perdido o “timing” do dia 15, o Benfica me contatou também, eu soube do que estava acontecendo e dei o “ok”.